A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da fabricação, comercialização, importação e uso de 32 suplementos alimentares produzidos pela empresa Ervas Brasillis Produtos Naturais Ltda. A medida, publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira (5 de setembro de 2025), prevê ainda a apreensão de todos os lotes em circulação e a suspensão imediata de propagandas e qualquer forma de distribuição.
Por que a Anvisa tomou essa decisão?
De acordo com o órgão regulador, a empresa operava sem a licença obrigatória da vigilância sanitária municipal, estadual ou distrital. A inspeção revelou ainda que os suplementos eram produzidos em condições inadequadas de higiene, em desacordo com as normas de boas práticas de fabricação previstas na legislação brasileira.
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Segundo o artigo 46 do Decreto-Lei nº 986/1969, todo estabelecimento que manipula, fabrica ou transporta alimentos precisa de autorização prévia da vigilância sanitária. O descumprimento da regra torna a produção ilegal, sujeita à apreensão dos produtos e à interdição do local de fabricação.
Quais marcas e produtos foram afetados?
A proibição atinge uma ampla gama de suplementos que circulavam no mercado sob diferentes marcas, entre elas:
- Turbo Black Vitamin
- Ervas Brasil
- NB Nutrition
- Natuforme Produtos Naturais
- Ozonlife
- Nutrição Esportiva
- Max Force
- Vitacorpus
Entre os itens suspensos estão substâncias bastante conhecidas do público consumidor, como creatina, colágeno, maca peruana, moringa, magnésio treonato, cafeína com taurina, ômega 3 e até o chamado “tadala natural”, vendido como alternativa a medicamentos para disfunção erétil.
A Anvisa reforçou que todos os suplementos fabricados pela Ervas Brasillis estão proibidos, independentemente da marca ou do lote. A orientação é que consumidores interrompam imediatamente o uso e comuniquem às autoridades de saúde qualquer reação adversa.
Um setor em crescimento, mas ainda vulnerável
O episódio reacende o debate sobre a regulação de um mercado em forte expansão no Brasil. O setor de suplementos alimentares vem crescendo de forma expressiva nos últimos anos, impulsionado pela busca por estética, performance esportiva e cuidados preventivos com a saúde.
No entanto, especialistas alertam que esse crescimento acelerado precisa caminhar lado a lado com fiscalização rigorosa. A ausência de controle adequado pode expor os consumidores a riscos sérios, além de comprometer a credibilidade de empresas que atuam de forma regular e dentro das normas.
Segundo nutricionistas e médicos consultados por diferentes veículos, a decisão da Anvisa serve como um alerta: suplementos não devem ser vistos como produtos inofensivos. Assim como medicamentos, eles exigem produção controlada, garantia de qualidade e supervisão constante para assegurar que não tragam mais riscos do que benefícios.
Próximos passos
A Anvisa seguirá acompanhando o caso e já comunicou autoridades de saúde estaduais e municipais para reforçar a fiscalização. A expectativa é que os produtos sejam retirados rapidamente das prateleiras e que consumidores fiquem atentos a eventuais tentativas de comercialização irregular.
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