O que começou como um gesto de solidariedade terminou em prejuízo e indignação. Uma líder religiosa, movida pela compaixão, decidiu acolher em sua casa um jovem de 21 anos que dizia estar enfrentando dificuldades financeiras. No entanto, a boa ação resultou em um golpe que causou um prejuízo de aproximadamente R$ 18 mil.
O caso ocorreu em Águas Lindas de Goiás, região próxima ao Distrito Federal, e está sendo investigado pela polícia. Segundo os investigadores, o jovem teria se aproveitado da confiança da vítima para furtar documentos pessoais dela e de sua filha, que tem deficiência. Com esses dados em mãos, ele conseguiu realizar empréstimos bancários em nome da filha da religiosa, utilizando o Benefício de Prestação Continuada (BPC) como garantia.
A fraude só foi descoberta quando a mulher notou descontos indevidos nas parcelas do benefício da filha. A partir daí, ela procurou a polícia e denunciou o caso. As investigações revelaram que os empréstimos foram contratados no nome da filha, mas os valores estavam sendo movimentados por meio de uma conta bancária aberta em nome da líder religiosa, o que chamou a atenção das autoridades.
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Outro ponto levantado pela investigação é a possível participação de um segundo envolvido, já que o contrato do empréstimo traz um terceiro nome, ainda não identificado. Isso indica que o esquema pode ter sido mais elaborado do que se imaginava inicialmente.
A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do principal suspeito, localizada na Região Administrativa do Sol Nascente, no Distrito Federal. Ele já não morava mais com a vítima. Até o momento, ninguém foi preso, e os envolvidos não tiveram os nomes divulgados, o que dificulta o acesso às versões de defesa.
Casos como este acendem um alerta importante sobre os riscos de fraudes envolvendo dados pessoais e benefícios sociais. Mesmo diante da boa fé de muitas pessoas que estendem a mão para ajudar, é essencial estar atento à segurança de documentos, senhas e informações bancárias, especialmente quando há menores de idade, idosos ou pessoas com deficiência envolvidos.
A Polícia Civil segue investigando o caso e orienta que qualquer movimentação financeira suspeita deve ser imediatamente comunicada ao banco e registrada em boletim de ocorrência.
Se você ou alguém próximo já passou por situação parecida, é possível buscar apoio no Procon, na Defensoria Pública ou diretamente na agência bancária responsável. Além disso, a Caixa Econômica Federal disponibiliza canais para contestação de empréstimos não autorizados envolvendo o BPC: www.caixa.gov.br.
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