O cerco a uma das principais lideranças da facção criminosa MK resultou na prisão de Marivan Elias da Silva, conhecido como Kila, na manhã desta terça-feira (24), em Fortaleza, no Ceará. Ele foi surpreendido por policiais civis em um condomínio de alto padrão, onde vivia discretamente em uma casa de dois andares com garagem equipada por dois veículos.
Kila, que era considerado um dos criminosos mais procurados da Bahia, foi localizado após meses de investigações e monitoramento por parte das autoridades baianas. A operação foi articulada pela Delegacia de Homicídios (DH) de Camaçari, com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Delegacia de Narcóticos (Denarc) do Ceará.
“Fizemos o levantamento detalhado da rotina, identificamos o imóvel e os policiais cearenses cumpriram o mandado com sucesso”, afirmou o delegado Antônio Senna, responsável pelas investigações em Camaçari, cidade da Região Metropolitana de Salvador onde a facção MK tem forte atuação.
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Histórico de crimes
Kila responde por homicídio qualificado e está diretamente ligado a crimes brutais cometidos por integrantes da MK. Junto com Meiquinho — que dá nome à sigla da facção ao lado dele —, Kila foi denunciado pelo sequestro, tortura e execução de Keven Silva Moreira e Isaque Santos da Silva, ocorridos em 2021.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, as vítimas foram levadas a um local usado pela facção como depósito de drogas e armas. Lá, foram violentamente espancadas, submetidas a sessões de tortura e executadas com tiros. Os corpos foram encontrados nas proximidades da rotatória da antiga fábrica da Ford, região do Parque das Palmeiras, em Camaçari.
Baralho do Crime
A ficha criminal de Kila não se restringe a esse caso. Ele também é investigado por outros assassinatos, tráfico de drogas e envolvimento direto na estrutura de comando da MK. Em novembro de 2023, Kila passou a integrar o Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), lista que reúne os foragidos mais perigosos do estado. Ele ocupa uma das cartas ao lado de Meiquinho e de Dom, apontado como o principal executor da facção.
A prisão de Kila representa um duro golpe contra o núcleo de liderança da MK, que segue sob investigação pelas forças de segurança da Bahia e de outros estados. Agora, o detido deve ser transferido para Salvador, onde deve responder à Justiça pelos crimes atribuídos a ele.
A operação reforça o comprometimento das autoridades em desarticular organizações criminosas interestaduais e evidencia que o crime organizado, mesmo tentando se esconder sob fachadas de luxo, está sendo monitorado e combatido com rigor.
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