Laudo cadavérico de garoto que injetou líquido com borboleta na perna não indica causa da morte

A morte do adolescente Davi Nunes Moreira, de 14 anos, ainda é um mistério para a Polícia Civil da Bahia. O laudo cadavérico emitido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) não conseguiu apontar a causa exata do óbito. Agora, a expectativa gira em torno dos exames toxicológicos, que seguem em fase de execução e devem fornecer respostas cruciais para a investigação.

Davi, que morava na cidade de Planalto, no sudoeste baiano, morreu em fevereiro após relatar à equipe médica que havia injetado na perna uma mistura inusitada: água e restos de uma borboleta. A história, por si só, chamou a atenção tanto das autoridades quanto da população, pela estranheza do ato e pelos riscos que ele envolveu.

Tudo começou quando o adolescente apresentou um machucado na perna, seguido de febre, vômitos e inchaço. A princípio, ele disse ao pai que tinha se machucado brincando. Só depois, já em estado grave e internado no Hospital Geral de Vitória da Conquista, revelou à equipe médica o que realmente havia feito: triturado uma borboleta, misturado os restos com água e injetado o líquido na própria perna com uma seringa. A seringa, inclusive, foi encontrada pelo pai embaixo do travesseiro do garoto após a morte.

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A delegada responsável pelo caso já adiantou que a hipótese de um “desafio online” foi descartada, pois Davi não possuía celular. O motivo da atitude ainda é desconhecido, e a polícia segue ouvindo testemunhas e aguardando os laudos complementares para entender o que pode ter levado o menino a cometer tal ato.

Riscos à saúde: o alerta dos especialistas

Embora o caso seja raro e ainda envolto em dúvidas, especialistas fazem um alerta importante: a introdução de qualquer substância não esterilizada no corpo, principalmente por via injetável, é extremamente perigosa. Mesmo que a borboleta usada por Davi não seja, em si, altamente tóxica — como algumas espécies, como a monarca, que possuem compostos químicos para se proteger de predadores — o maior risco está na contaminação por bactérias, fungos ou agentes infecciosos presentes na mistura.

Além disso, o uso de objetos não apropriados para procedimentos médicos pode provocar infecções gravíssimas, inflamações e até mesmo septicemia (infecção generalizada), condição que pode ser fatal se não tratada a tempo.

O que vem pela frente

Enquanto a comunidade local ainda tenta compreender o ocorrido, os exames toxicológicos e laboratoriais podem trazer informações determinantes sobre a causa da morte de Davi. A família aguarda por respostas, e o caso também serve de alerta sobre os perigos da automedicação, do uso de substâncias desconhecidas e da importância de um diálogo aberto com adolescentes sobre saúde, curiosidades e segurança.

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