Os corpos de duas crianças indígenas, de 2 e 5 anos, chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Parintins, no Amazonas, após um crime que abalou a comunidade da Aldeia Castanhal, em Barreirinha, interior do estado. As vítimas foram assassinadas de forma brutal, e o principal suspeito é o próprio irmão, um adolescente de 17 anos, apreendido pela Polícia Civil.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, o jovem confessa o crime e afirma ter agido sob ordens de um tio, identificado como Valdecir, que também foi detido e levado para Parintins. A versão apresentada pelo adolescente é de que o parente o teria ameaçado com uma arma e ordenado o assassinato por motivos de raiva.
No entanto, a mãe das crianças apresentou outro relato à polícia. Segundo ela, o filho estava sob efeito de drogas no momento do crime e teria agido de forma descontrolada.
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A Polícia Civil do Amazonas informou, em nota, que a apreensão do adolescente ocorreu em conjunto com a Polícia Militar. Ele responderá por atos infracionais análogos a duplo homicídio qualificado e maus-tratos a animal com resultado morte. O jovem foi encaminhado para uma unidade de internação provisória em Parintins, e o caso está sob responsabilidade do Juizado da Infância e Juventude Infracional de Barreirinha.
O crime ocorreu na comunidade Vila Tabatinga, na zona rural do município, e será detalhado em uma coletiva de imprensa marcada para segunda-feira (13), na sede da Delegacia Geral.
Comoção e repúdio
A Prefeitura de Barreirinha divulgou nota manifestando profunda indignação diante do assassinato dos irmãos Emanoel de Oliveira Araújo e Cleyton Oliveira Araújo, estudantes da Escola Municipal Indígena Boa Visita.
Segundo o comunicado, o crime “fere os valores humanos mais essenciais, afronta o direito à vida e abala toda a sociedade barreirinhense”. A gestão municipal afirmou acompanhar de perto as investigações e reforçou a importância de que os responsáveis sejam punidos de forma exemplar.
“Que a justiça prevaleça em memória de Emanoel e Cleyton”, diz a nota. A prefeitura também expressou solidariedade aos familiares, professores e colegas das vítimas, destacando que a tragédia deixa uma ferida profunda na comunidade.
O caso, que envolve violência extrema e circunstâncias ainda sob investigação, reacende o debate sobre a vulnerabilidade de comunidades indígenas e a necessidade de políticas públicas que garantam proteção e acompanhamento social para jovens em situação de risco.
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