Nas últimas semanas, um novo tipo de golpe digital tem feito milhares de vítimas no Brasil. A promessa é tentadora: uma indenização de até R$ 10 mil supostamente paga pelo Nubank. Mas a realidade é outra. Trata-se de uma armadilha bem montada para roubar dados e dinheiro de quem acredita na oferta.
Nesta matéria, vamos explicar, de forma simples e direta, como o golpe acontece, como identificá-lo e o que você deve fazer para não cair nele — ou minimizar os danos, caso já tenha sido vítima.
Como funciona o golpe da falsa indenização do Nubank
O golpe é sofisticado e usa uma estratégia que mistura tecnologia e manipulação emocional. Criminosos espalham vídeos nas redes sociais, com supostos “anúncios oficiais” sobre uma indenização paga pelo Nubank após uma decisão judicial.
O material parece confiável: há trechos de reportagens, áudios de personalidades conhecidas como o ministro Alexandre de Moraes e os apresentadores Celso Portiolli e Rodrigo Faro — tudo adulterado com inteligência artificial para parecer real.

Em seguida, a vítima é direcionada para um site falso, onde é convidada a verificar se tem direito ao benefício. Lá, precisa informar nome completo, CPF e outros dados sensíveis. Logo depois, surge a exigência de um pagamento de R$ 55,73 para supostamente liberar o valor da indenização.
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O dinheiro desse “imposto” vai direto para a conta dos golpistas. Não há qualquer envolvimento real do Nubank.
O Nubank foi condenado a pagar indenizações?
Não. Não existe nenhuma decisão judicial obrigando o Nubank a pagar indenizações em massa aos seus clientes.
A própria empresa já publicou comunicados em seus canais oficiais — site, app e redes sociais — alertando que não solicita pagamento antecipado para liberar qualquer valor e que essa suposta indenização é falsa.
Fique atento: o site oficial do Nubank é https://nubank.com.br. Nunca confie em links diferentes ou encurtados.
Como reconhecer que se trata de um golpe?
Para não ser enganado, vale memorizar estes sinais de alerta:
- Promessas de dinheiro fácil ou ganhos rápidos sem contexto claro;
- Solicitação de dados pessoais, como CPF, senha ou dados bancários;
- Exigência de pagamento antecipado, taxas ou impostos fictícios;
- Sites com URLs estranhas ou com erros de digitação;
- Vídeos com personalidades públicas fora de contexto ou com falas estranhas.
Se encontrar um ou mais desses elementos, desconfie na hora.
O que fazer se você caiu na fraude?
Se você já forneceu seus dados ou fez o pagamento, siga este passo a passo para minimizar os riscos:
- Entre em contato com o Nubank imediatamente pelos canais oficiais (app, telefone ou site);
- Bloqueie o cartão ou contas se houver indícios de movimentações suspeitas;
- Troque todas as suas senhas do banco, e-mail e aplicativos ligados a seus dados pessoais;
- Registre um boletim de ocorrência — muitos estados permitem o registro online;
- Monitore seu CPF em serviços como Serasa ou SPC para identificar tentativas de uso indevido.
Como evitar golpes semelhantes no futuro?
A prevenção ainda é a melhor ferramenta contra fraudes digitais. Aqui vão algumas boas práticas de segurança:
- Nunca clique em links enviados por desconhecidos ou recebidos via SMS e WhatsApp;
- Confirme sempre o endereço do site onde você está inserindo seus dados;
- Ative a autenticação em dois fatores no app do banco e nos e-mails;
- Desconfie de mensagens com erros de português ou que pressionem para uma ação rápida;
- Mantenha um antivírus instalado e atualize sempre o sistema do celular e do computador.
O impacto da desinformação e o papel da verificação
O caso do Nubank mostra como vídeos manipulados e desinformação podem causar prejuízos enormes, mesmo para quem se considera cuidadoso.
A combinação de inteligência artificial e técnicas de phishing (fraude que tenta roubar dados) torna o golpe muito convincente.
Por isso, a verificação da informação é fundamental. Antes de compartilhar uma notícia ou clicar em um link, consulte fontes confiáveis — como os sites oficiais de bancos, órgãos públicos ou veículos de imprensa reconhecidos.
Conclusão: informação é a melhor defesa
O golpe da falsa indenização do Nubank é mais um exemplo da criatividade — e da malícia — de grupos que lucram com a ingenuidade e a pressa das pessoas.
Por isso, a orientação é clara: não existe dinheiro fácil. Se uma oferta parece boa demais para ser verdade, provavelmente é golpe.
Manter-se informado, adotar hábitos seguros e desconfiar de promessas milagrosas são atitudes que protegem seu bolso e seus dados.
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