“Era tudo mentira”: Humorista confessa que usou falsa oferta de emprego para atrair miss baiana antes do crime
O humorista Marcelo Alves, suspeito de assassinar a miss baiana Raíssa Suellen Ferreira, de 23 anos, admitiu à polícia que forjou uma proposta de emprego para atrair a jovem até sua casa, em Curitiba, onde o crime foi cometido. A revelação foi feita durante depoimento prestado à Polícia Civil na última segunda-feira (9) e reforça a tese de que o assassinato foi premeditado.
Segundo Marcelo, a suposta oportunidade de trabalho seria em São Paulo, onde Raíssa cuidaria de imóveis alugados. Inicialmente, a jovem recusou a proposta, afirmando que já estava empregada. No entanto, ao reencontrar o humorista dias depois, ela teria mudado de ideia.
“Eu prometi um emprego pra ela em São Paulo. Ela falou que estava trabalhando e que não dava pra ir. Depois, me encontrou na rua e falou: ‘Vou ver se dá para eu ir’. Mais tarde, me mandou uma mensagem no Instagram perguntando se a vaga ainda estava de pé”, contou Marcelo.
Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp: Quero Participar
Ele relatou que, mesmo sem intenção real de levá-la para São Paulo, marcou um encontro com a vítima na segunda-feira seguinte, por volta das 10h30. “Ela perguntou se eu estava chegando, mas eu estava indeciso, quase desistindo. No caminho, ela disse que estava com fome. Paramos num restaurante e depois seguimos para minha casa.”
Foi já dentro da residência que Marcelo revelou a verdade à jovem: “Eu falei que não tinha viagem, nem emprego, que tudo era mentira. Me declarei, disse que gostava dela, que queria ficar com ela”.
De acordo com o depoimento, a reação de Raíssa foi imediata e negativa. “Ela começou a gritar, falou que eu era mentiroso, gordo, nojento. Disse que não queria nada comigo. Fiquei com muito ódio, perdi a cabeça. Daí aconteceu”, concluiu o suspeito, sem dar mais detalhes sobre o momento exato do crime.
A delegada Aline Manzatto, responsável pela investigação, afirmou em coletiva de imprensa que o depoimento confirma a linha de apuração da polícia, que trata o crime como um ato premeditado. “Ele já tinha em mente, desde o início, matar a Raíssa e ocultar o corpo”, disse.
Marcelo segue preso preventivamente enquanto o inquérito policial é finalizado.
Compartilhe