Homem que anotava assassinatos de ex-namoradas em caderno é condenado a 28 anos

Jesus Pereira das Graças, de 64 anos, foi condenado a 28 anos de prisão pelo assassinato de sua ex-namorada, Anelita Neres de Faria. A decisão foi tomada em júri popular na cidade de Goianira, Região Metropolitana de Goiânia. Durante as investigações, a polícia encontrou um caderno macabro onde o condenado anotava os nomes de suas vítimas e as datas das mortes.

O crime e a investigação

Anelita foi morta a tiros em setembro de 2014, na frente do filho adolescente, então com 14 anos. Segundo o Ministério Público de Goiás, Jesus encomendou o crime, pagando R$ 5 mil para que alguém executasse sua ex-companheira. O assassinato teria sido motivado pelo término do relacionamento.

Na época, a polícia investigava outros homicídios ligados a Jesus e, durante uma busca, encontrou um caderno detalhando as mortes de suas ex-namoradas. O material continha nomes, datas de nascimento e datas dos assassinatos, revelando uma sequência de crimes cometidos ao longo de décadas.

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Histórico de crimes

A condenação atual se soma a outras penas já aplicadas a Jesus por assassinatos de ex-companheiras. Ele já havia sido condenado pela morte de outras três mulheres e, até então, cumpria pena em regime semiaberto pelo homicídio mais recente, ocorrido em 2015.

A primeira vítima foi Geralda Maria de Almeida, morta por estrangulamento em 1989, em Ouvidor (GO). Em 1997, Jesus matou a facadas sua então namorada, Crenilda de Souza Lima. Condenado a 24 anos de prisão por esses dois crimes, ele passou apenas cinco anos em regime fechado antes de conseguir progressão para o regime aberto.

Já em 2011, ele mandou matar Francisca Pedro Vasconcelos, sua companheira na época, em Aparecida de Goiânia. Três anos depois, encomendou o assassinato de Anelita. Em 2015, fez sua última vítima, Sara Lino da Silva, estrangulada pelo próprio namorado.

Confissão e sentença

Durante os depoimentos, Jesus admitiu todos os assassinatos, alegando que agia movido por ciúmes e que não conseguia controlar seus impulsos. Segundo a delegada Karla Fernandes, responsável pelo caso, ele afirmava ter consciência de que suas ações eram erradas, mas dizia que o desejo de “corrigir” a traição era mais forte.

Agora, com a nova condenação, Jesus cumprirá pena em regime fechado, sem possibilidade de progressão para o semiaberto no curto prazo.

A defesa do condenado foi procurada, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

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