O governo federal se prepara para lançar o programa Gás para Todos, uma reformulação do atual Auxílio Gás que pode beneficiar até 16 milhões de famílias brasileiras. A proposta, que deve sair do papel a partir de setembro de 2025, representa uma ampliação significativa da política de subsídio ao gás de cozinha, atualmente acessada por pouco mais de 5,5 milhões de lares.
O que é o programa Gás para Todos?
Trata-se de um novo modelo de repasse do benefício, idealizado para aumentar a cobertura social e garantir que o valor seja utilizado exclusivamente para a compra de gás de cozinha. A média do auxílio será de R$ 110 por botijão, com ajustes previstos conforme o preço do gás em cada região do país.
A iniciativa será vinculada ao Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e, apesar do nome, não atenderá a todos os mais de 80 milhões de cadastrados. A previsão inicial é de contemplar cerca de 16 milhões de famílias, priorizando aquelas com menor renda per capita.
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Como será feito o pagamento?
Ao contrário do modelo atual, em que o valor é depositado diretamente na conta dos beneficiários, o Gás para Todos vai funcionar de maneira diferente. O plano é que a Caixa Econômica Federal repasse os recursos diretamente às revendedoras de gás, e as famílias beneficiadas utilizem um vale digital, possivelmente por meio de um QR Code, para retirar o botijão em estabelecimentos autorizados.
Essa mudança visa evitar desvios de finalidade e garantir que o auxílio seja realmente usado para o consumo doméstico de gás.
Quem terá direito?
Para ter acesso ao benefício, é necessário:
- Estar inscrito no CadÚnico;
- Ter perfil de baixa renda, conforme critérios do programa;
- Atender aos critérios específicos definidos em regulamentação oficial (ainda não divulgados).
Famílias compostas por três ou mais pessoas poderão retirar até seis botijões por ano. Já aquelas com um ou dois membros terão direito a quatro botijões no mesmo período.
No entanto, famílias unipessoais — ou seja, compostas por apenas uma pessoa — podem ser excluídas da nova versão, o que tem gerado críticas por parte de especialistas e entidades sociais.
Quando começa?
A expectativa do governo é que o Gás para Todos entre em vigor em setembro de 2025. Embora a medida ainda não tenha sido oficialmente publicada, fontes internas indicam que a medida provisória já está pronta, aguardando apenas a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A aprovação final dependerá do trâmite no Congresso Nacional, se a proposta for apresentada como projeto de lei.
Qual será o impacto no orçamento?
O custo estimado do novo programa é de R$ 5,5 bilhões por ano, valor já previsto nas projeções do Ministério da Fazenda para 2026. O governo federal argumenta que a medida é essencial para proteger a população mais vulnerável diante do alto custo do gás de cozinha, que permanece como um dos itens mais pesados no orçamento doméstico das famílias pobres.
Como se preparar para receber o benefício?
Enquanto o Gás para Todos não é oficializado, é fundamental que as famílias mantenham seus dados atualizados no CadÚnico. Não há, até o momento, indicação de que será necessário um novo cadastro — mas a atualização cadastral é obrigatória para garantir elegibilidade a qualquer benefício social do governo federal.
O lançamento do novo programa marca um passo importante na tentativa de ampliar a proteção social no país, com foco em modernização, controle de fraudes e inclusão.
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