Fora dos holofotes e longe da carreira artística do pai, Bruno Ciocler, de 29 anos, decidiu seguir um caminho próprio — e controverso aos olhos de muitos brasileiros. Filho único do ator Caco Ciocler, o jovem mora atualmente no Canadá, onde trabalha legalmente com o cultivo de cannabis, planta cuja produção e uso medicinal são autorizados no país desde 2018.
Nas redes sociais, Bruno compartilha com frequência a rotina no campo: vídeos entre as plantações, dicas técnicas sobre o cultivo da planta e reflexões sobre o impacto da criminalização da maconha no Brasil. Em uma de suas postagens mais comentadas, ele sintetiza o contraste entre os dois países:
“No Brasil, eu era um criminoso. No Canadá, sou um cidadão de bem. Curioso perceber que a pior das prisões está dentro da nossa mente. Legalize já.”
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Casado e pai de uma menina de sete anos, ele adotou um estilo de vida simples. Mas engana-se quem pensa que o trabalho na lavoura é improvisado. Bruno demonstra conhecimento técnico sobre o cultivo: explica a importância do controle de temperatura, da umidade e da preservação dos terpenos — compostos que influenciam os efeitos terapêuticos da planta.
Antes da mudança para o Canadá, ele já tinha envolvimento com agricultura no Brasil, especialmente no cultivo de café. O interesse pelas plantas, portanto, não surgiu do nada — mas o novo rumo profissional, em um setor ainda altamente estigmatizado no país de origem, acabou chamando atenção.
Enquanto Bruno busca seu espaço no universo da cannabis legalizada, seu pai, Caco Ciocler, segue em evidência na TV e também surpreendeu o público ao se formar em Biologia. A decisão de voltar a estudar foi mal interpretada por parte dos fãs, que chegaram a especular sobre uma possível aposentadoria precoce do ator.
“Isso nunca saiu da minha boca”, garantiu Caco durante participação no programa Encontro, reforçando que acabou de atuar no horário nobre da Globo.
A história de pai e filho, cada um em sua jornada, lança luz sobre temas sensíveis como legalização, políticas públicas, saúde e os impactos sociais do preconceito em torno da maconha. No Canadá, Bruno encontrou liberdade e um novo propósito. No Brasil, ele ainda seria alvo de julgamento — e, possivelmente, da Justiça.
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