No interior do Pará, um gesto de cuidado e responsabilidade ambiental marcou a história de um fazendeiro ao encontrar um filhote de onça-pintada doente na floresta. O animal, uma fêmea com cerca de 6 meses de idade, estava desorientado e apresentava sinais de fraqueza. Após prestar os primeiros cuidados, o fazendeiro decidiu entregar a onça ao Ibama, que rapidamente assumiu a responsabilidade pelo resgate.
Os fiscais do instituto observaram que a jovem onça demonstrava comportamentos que indicavam estar acostumada à presença humana, o que pode complicar sua reintegração à natureza. Para dar continuidade ao cuidado especializado, o animal foi levado à Universidade da Amazônia (ZOOUNAMA), onde passará por um rigoroso processo de reabilitação. A ideia é garantir que a saúde do felino seja restabelecida e avaliar a possibilidade de devolvê-lo ao ambiente selvagem. Caso isso não seja viável, a onça poderá ser destinada a um zoológico ou ser integrada a projetos de pesquisa que auxiliem na preservação de sua espécie.

O caso da onça-pintada chama atenção para o trabalho essencial realizado pelos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), coordenados pelo Ibama. Essas unidades recebem animais resgatados de diferentes formas, seja por entrega voluntária de pessoas conscientes ou por apreensões realizadas pelas autoridades. Cada animal é submetido a avaliações clínicas detalhadas, que determinam se ele está apto para voltar ao habitat natural ou se será destinado a cativeiro, como zoológicos, onde pode servir à educação ambiental e à pesquisa científica.
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Vale lembrar que o Ibama obteve sucesso recentemente ao reabilitar e devolver à natureza uma jaguatirica. Esses resultados são fruto de esforços conjuntos de profissionais que dedicam suas carreiras à conservação da fauna brasileira. Cada resgate é uma oportunidade de conscientização e um passo importante na luta pela preservação das espécies ameaçadas.
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