Farsa: PM registrou queixa de roubo das armas da corporação que ele vendeu

Um soldado da Polícia Militar da Bahia está sendo investigado por uma grave violação de conduta: ele teria vendido duas pistolas pertencentes à corporação e, para tentar esconder o ato, registrou uma falsa ocorrência de roubo das armas. O caso foi descoberto pela Corregedoria da PM, que instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) no dia 24 de julho deste ano.

De acordo com os documentos aos quais a reportagem teve acesso, o policial, que está lotado em Salvador e afastado das funções operacionais, se dirigiu à 18ª Delegacia Territorial, em Camaçari, para registrar um boletim de ocorrência alegando que havia sido vítima de um roubo violento, no qual as armas teriam sido levadas. No entanto, as investigações apontam que, na verdade, o soldado vendeu as duas pistolas para a mesma pessoa e tentou simular o crime para encobrir a venda.

No PAD, a Corregedoria destacou que o comportamento do policial foi planejado para “ocultar a verdadeira natureza dos fatos e ludibriar a fiscalização institucional”. Segundo o relatório, ele agiu com o claro objetivo de despistar as autoridades e evitar punições. A denúncia destaca ainda que o militar não só cometeu transgressões disciplinares graves, mas também imputou falsamente um crime a terceiros, o que agrava ainda mais a situação.

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As provas reunidas indicam que a conduta do policial é incompatível com os princípios éticos e funcionais exigidos da atuação de um servidor da segurança pública. O caso é tratado como uma infração disciplinar de natureza grave.

Em nota oficial, a Polícia Militar da Bahia declarou que já iniciou a apuração dos fatos e que não tolera qualquer tipo de desvio de conduta entre seus integrantes. A corporação também afirmou que o soldado foi afastado das atividades operacionais como medida cautelar, e que todas as medidas administrativas e legais estão sendo tomadas.

“A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a ética, a legalidade e a disciplina, não compactuando com qualquer desvio de conduta. Os fatos estão sendo rigorosamente apurados”, diz o comunicado.

Esse caso levanta discussões importantes sobre a responsabilidade no uso de armamentos públicos e a necessidade de reforçar os mecanismos de controle interno nas forças de segurança. Mais do que uma infração administrativa, a denúncia envolve possíveis crimes que atentam contra a confiança da sociedade na instituição policial. O andamento do processo disciplinar e eventuais desdobramentos judiciais devem seguir nos próximos meses.

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