Dia dos Pais deve gerar R$ 7,7 bilhões em vendas, segundo previsão da CNC

Com as festas juninas e julinas chegando ao fim, o mercado começou a se preparar para o Dia dos Pais, comemorado no dia 11 de agosto. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data deve movimentar R$ 7,7 bilhões neste ano.

Se confirmada, essa cifra representará um avanço de 4,7% em relação ao ano passado, já descontada a inflação.

“Com a taxa de desemprego no menor patamar dos últimos 10 anos e sinais positivos para o consumo, esperamos que as vendas para esta data comemorativa aumentem significativamente”, afirmou José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac.

Para Heloísa Santana, presidente executiva da Associação de Marketing Promocional (Ampro), as datas comerciais são oportunidades estratégicas para que as empresas fidelizem os clientes e atraiam novos consumidores por meio de experiências.

Contexto Econômico e Comercial

O mercado de varejo brasileiro, historicamente impactado por datas comemorativas, encontra no Dia dos Pais uma chance de impulsionar as vendas no segundo semestre do ano. Com a recuperação gradual da economia e a redução das taxas de desemprego, os consumidores se sentem mais confiantes para gastar, o que pode ser observado nas previsões otimistas para este ano.

Empresas de diversos setores aproveitam essa data para lançar campanhas de marketing e promoções especiais. De acordo com especialistas, ações que vão além do desconto, como experiências personalizadas e ofertas exclusivas, são fundamentais para atrair a atenção dos consumidores e fortalecer a relação com a marca.

Impacto no Comércio Eletrônico

O e-commerce também desempenha um papel crucial nesse cenário. Com a pandemia acelerando a digitalização do comércio, muitos consumidores preferem fazer suas compras online. Isso obriga as empresas a investirem em plataformas digitais eficientes, oferecendo uma experiência de compra rápida, segura e conveniente.

Inovações e Tendências

Nos últimos anos, tem-se observado uma tendência crescente na personalização de produtos e serviços. Empresas estão investindo em tecnologias de inteligência artificial e análise de dados para oferecer recomendações personalizadas, baseadas nos hábitos de compra e preferências dos consumidores.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um aumento de 4,7% nas vendas em 2024, com um faturamento estimado em R$ 7,7 bilhões.

Três setores deverão liderar as vendas: roupas, produtos de perfumaria e cosméticos, e utilidades domésticas e eletrônicos. As lojas de roupas devem faturar aproximadamente R$ 3 bilhões, enquanto perfumaria e cosméticos devem gerar cerca de R$ 1,5 bilhão.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, registrou uma alta de 0,21% em junho, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número mostra uma desaceleração em comparação com os 0,46% de maio.

No acumulado anual, a inflação caiu para 5,3% em 2023, e a CNC projeta uma redução para 2,9% neste ano.

As roupas e perfumes estão entre os presentes mais procurados, com o setor de vestuário previsto para faturar R$ 3,07 bilhões, enquanto produtos de perfumaria e cosméticos devem gerar R$ 1,51 bilhão e eletrodomésticos R$ 1,19 bilhão.

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José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, destaca que a baixa taxa de desemprego, a menor dos últimos 10 anos, e os sinais positivos para o consumo devem impulsionar as vendas. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad contínua) do IBGE, a taxa de desocupação está em 7,1%, o menor nível desde 2014.

Além disso, o Dia dos Pais deverá estimular a contratação de 10.470 trabalhadores temporários no varejo, o maior número dos últimos 10 anos. São Paulo é a região que mais deve lucrar com a data, com uma movimentação estimada de R$ 2,321 bilhões. Minas Gerais e Rio de Janeiro juntos devem responder por quase metade das vendas.

Fonte: CNN Brasil