O governo federal lançará neste sábado (8) o programa “Governo na Rua”, uma nova iniciativa que pretende aproximar o Executivo das comunidades locais e ouvir, de forma direta, as demandas da população. A portaria que oficializa o projeto será assinada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, durante uma cerimônia no Capão Redondo, zona sul de São Paulo — uma das regiões mais populosas e simbólicas da periferia paulistana.
A proposta marca a criação de um novo eixo social da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltado ao diálogo e à construção conjunta de políticas públicas. O programa prevê encontros em áreas periféricas de grandes cidades, reunindo trabalhadores informais, lideranças comunitárias, representantes de movimentos sociais e gestores públicos.
Escutar para agir
De acordo com o ministro Guilherme Boulos, o “Governo na Rua” tem como missão “levar o governo para onde o povo está”, construindo soluções de forma coletiva. Em publicação nas redes sociais, Boulos destacou que sua principal tarefa será “ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”.
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A ideia é simples, mas ambiciosa: abrir um canal permanente de escuta entre o Estado e a sociedade. Em vez de esperar que as demandas cheguem a Brasília, o governo pretende ir até os bairros, praças e comunidades — especialmente nas regiões onde a desigualdade e a falta de infraestrutura ainda fazem parte da rotina de milhões de brasileiros.
Primeira edição no Capão Redondo
A primeira edição do programa acontece neste sábado (8), às 14h, no Morro da Lua, na Rua Alexandre Bening, 685, em São Paulo. O evento contará com a presença de entregadores de aplicativo, catadores de material reciclável e lideranças de movimentos de moradia.
Durante o encontro, ministros e representantes do Executivo deverão apresentar políticas públicas em andamento e ouvir sugestões, críticas e propostas diretamente da população. A expectativa é que as contribuições coletadas nesses encontros sirvam como base para ajustes e aprimoramentos nas políticas federais, tornando-as mais próximas da realidade de quem mais precisa.
Política com os pés no chão
A criação do “Governo na Rua” também reflete uma estratégia mais ampla do governo Lula: reconectar o Executivo com sua base social e com as comunidades que historicamente apoiam políticas de inclusão.
A nomeação de Guilherme Boulos para o comando da Secretaria-Geral foi parte dessa estratégia. Reconhecido por sua trajetória no movimento de moradia e no ativismo urbano, Boulos tem experiência direta com os desafios das periferias. Agora, assume a tarefa de traduzir as demandas das ruas em ações concretas de governo, servindo de ponte entre o Planalto e a sociedade civil.
O impacto esperado
Segundo a Secretaria-Geral, o “Governo na Rua” será um instrumento permanente de diálogo popular. A intenção é que os encontros se tornem rotina nas capitais e regiões metropolitanas, criando um espaço em que o cidadão comum possa ser ouvido e, ao mesmo tempo, informado sobre o andamento das políticas públicas.
O Planalto acredita que o programa ajudará a orientar novas decisões estratégicas e a fortalecer a presença do governo federal nos territórios, especialmente entre as populações mais vulneráveis.
Mais do que uma agenda política, o “Governo na Rua” representa uma tentativa de reaproximar o Estado das pessoas, construindo uma administração pública mais participativa e conectada com a realidade do país.
Ao levar ministros e secretários para o diálogo direto com a população, o governo sinaliza uma mudança de postura: ouvir antes de agir. E, ao fazer isso nas periferias, onde os problemas são mais visíveis e urgentes, pretende dar um novo significado à expressão “governar com o povo”.
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