Corpo de brasileira encontrada em penhasco na Indonésia é resgatado nesta quarta-feira – Veja vídeo

Após quatro dias de intensas buscas em uma região de difícil acesso, o corpo da publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, começou a ser resgatado na manhã desta quarta-feira (25) pelas equipes de salvamento da Indonésia. A jovem foi encontrada sem vida cerca de 600 metros abaixo da trilha principal do Monte Rinjani, um dos pontos mais altos e perigosos da ilha de Lombok.

Juliana havia desaparecido no último sábado (20) durante uma trilha no vulcão Rinjani, quando, segundo relato da família, ficou para trás após pedir uma pausa devido ao cansaço. O guia turístico que liderava o grupo teria orientado que ela aguardasse sentada no caminho, enquanto os demais turistas continuaram a caminhada. Ela nunca mais foi vista com vida.

Resgate desafiador em terreno extremo

O local onde o corpo foi encontrado apresentava condições extremas de acesso. A profundidade do penhasco onde Juliana caiu chega a aproximadamente mil metros. Por isso, os socorristas não puderam utilizar helicópteros, já que as condições climáticas não permitiam voos seguros na região montanhosa. Mesmo com duas aeronaves de prontidão, o resgate precisou ser feito por via terrestre.

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Para alcançar o corpo, as equipes utilizaram cordas e técnicas de escalada. Quatro socorristas passaram a noite no local, acampando a 600 metros da trilha, junto ao corpo da jovem. Outros três profissionais permaneceram em um ponto intermediário, a 400 metros da trilha principal, oferecendo apoio logístico.

A operação de remoção será concluída com o transporte do corpo até o posto de Sembalun — base das expedições ao Monte Rinjani — e, em seguida, Juliana será levada de avião ao hospital Bayangkara, onde passará por perícia.

Sozinha, sem ajuda e em condições extremas

As informações repassadas pela equipe de resgate indicam que Juliana ficou por dias exposta ao frio intenso da montanha, sem água, comida ou qualquer tipo de agasalho. A região é conhecida pelo relevo acidentado, com trilhas estreitas, penhascos e variações bruscas de temperatura, o que contribuiu para a gravidade do caso.

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana estava em uma viagem do tipo mochilão pela Ásia desde fevereiro deste ano. Já havia passado por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia, seu último destino.

Família acompanha o caso e cobra explicações

O pai da jovem, Manoel Marins Filho, viajou até a Indonésia para acompanhar de perto as buscas. Em entrevistas, relatou as dificuldades que enfrentou para chegar ao país asiático, em razão de voos cancelados por conta de conflitos no Oriente Médio, que alteraram parte da malha aérea internacional.

A Embaixada do Brasil em Jacarta acompanha o caso e oferece suporte à família. Além do luto, os parentes de Juliana também buscam entender por que a jovem foi deixada sozinha na trilha, sem o devido acompanhamento do guia contratado.

A tragédia levanta questionamentos sobre a segurança das expedições turísticas na região e a responsabilidade de empresas que operam passeios em áreas de risco. Ainda não há informações oficiais sobre possíveis investigações contra a agência que conduziu o grupo ao Monte Rinjani.

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