A manhã desta segunda-feira (16) começou agitada no Aeroporto Internacional de Salvador. Uma briga envolvendo dois taxistas chamou a atenção de quem passava pelo local. Segundo informações repassadas por um leitor que testemunhou a cena, o conflito teve início por causa de uma disputa por passageiro — um episódio que expõe um problema antigo e recorrente na área de embarque e desembarque do terminal.
De acordo com o relato, um dos motoristas ficou irritado ao ver que o colega pegou uma passageira que acabara de sair do saguão de desembarque. A tensão aumentou rapidamente e os ânimos se exaltaram. Ainda não se sabe ao certo se o taxista que se revoltou havia combinado previamente a corrida com a cliente ou se houve apenas uma disputa momentânea.
Durante o desentendimento, uma terceira pessoa teria se envolvido para defender um dos profissionais, mas esse momento não foi registrado em imagens. A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa do aeroporto, que preferiu não comentar o caso.
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Conflitos no aeroporto não são novidade
Essa não é a primeira vez que o Aeroporto de Salvador vira palco de confusões entre motoristas. Em abril deste ano, por exemplo, uma operação contra o transporte clandestino terminou em tiros. Na ocasião, um motorista se revoltou com a abordagem dos agentes da Transalvador e da Guarda Civil Municipal, que estavam fiscalizando o serviço irregular. Ao tentar impedir a apreensão de seu veículo, a confusão saiu do controle e um dos agentes chegou a disparar duas vezes contra os pneus da van, em plena área de embarque e desembarque.
Esses episódios revelam um cenário de tensão frequente entre motoristas regulares e irregulares — e até entre os próprios profissionais licenciados — em uma área que deveria ser organizada e segura para os usuários do serviço.
Falta de regulação mais efetiva?
O que está por trás desses conflitos sucessivos é a sensação de desorganização e a disputa cada vez mais acirrada por passageiros. Com a crescente presença de aplicativos de transporte, motoristas de táxi tradicionais enfrentam queda na demanda e aumentam a vigilância sobre quem circula na área. Em muitos casos, passageiros recém-chegados sequer sabem a quem recorrer diante de tanta confusão.
Diante disso, passageiros e motoristas cobram mais presença das autoridades de trânsito e de segurança no local. Sem uma regulação mais clara e com fiscalização contínua, episódios como o desta segunda-feira podem se repetir — com consequências cada vez mais sérias para trabalhadores e usuários.
Por enquanto, o aeroporto ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso desta manhã. A expectativa é de que novas medidas de organização possam ser discutidas para evitar que a área de desembarque vire palco de brigas recorrentes.
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