Comando Vermelho instala barreiras de concreto para impedir entrada de viaturas em comunidade

O que já é uma prática antiga no Rio de Janeiro começa a se tornar realidade em Salvador: facções criminosas estão usando barreiras de concreto para bloquear ruas e dificultar o acesso de viaturas policiais às comunidades. Essa estratégia, usada especialmente pelo Comando Vermelho (CV), não apenas atrasa operações de segurança, mas também impacta diretamente a vida dos moradores.

Esses bloqueios vão muito além da questão policial. Quando ruas são fechadas com estruturas de concreto, os primeiros a sofrer são os próprios residentes, que têm seu direito de ir e vir restringido. Além disso, serviços essenciais, como ambulâncias, viaturas de resgate e caminhões de coleta de lixo, enfrentam dificuldades para entrar nas comunidades. Isso coloca em risco vidas que dependem de atendimento rápido em situações de emergência.

Um exemplo recente foi registrado na comunidade de Saramandaia, um dos territórios controlados pelo Comando Vermelho na capital baiana. Na última quarta-feira (26), a Polícia Militar conseguiu remover cinco grandes blocos de concreto que haviam sido colocados para bloquear quatro ruas importantes da região.

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O problema, no entanto, é mais profundo. Em Salvador, assim como já ocorre em outras grandes cidades brasileiras, o crime organizado está se fortalecendo e controlando não apenas o tráfico de drogas, mas também o fluxo de pessoas dentro dos bairros. Há relatos de que em Saramandaia, o CV monitora quem entra e quem sai da comunidade, reforçando a sensação de domínio e medo entre os moradores.

Essas ações de bloqueio mostram que o desafio da segurança pública vai muito além da repressão ao tráfico. Envolve também garantir condições dignas para quem vive nessas áreas, que acabam reféns da violência e do controle armado.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia e a Polícia Militar continuam realizando operações para tentar devolver a liberdade de circulação nas comunidades afetadas. Mas a presença de barreiras físicas instaladas por criminosos escancara a necessidade de ações mais profundas e permanentes para enfrentar a influência do tráfico sobre o cotidiano das cidades.

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