Um boneco de aparência perturbadora, descrito como um “urso de pelúcia com pele humana”, foi o centro de uma ocorrência policial inusitada na Califórnia, Estados Unidos. O item, deixado no estacionamento de uma loja de conveniência no último fim de semana, levou moradores a acionarem a polícia sob suspeita de que restos humanos haviam sido abandonados no local.
A cena inicial, de fato, causou espanto: o boneco continha elementos que lembravam traços humanos – como olhos, nariz e boca – reforçando a impressão de que poderia se tratar de algo mais do que apenas um objeto cenográfico. Após a verificação, contudo, a polícia descartou a presença de restos mortais e passou a tratar o caso como uma possível pegadinha.
Com o caso ganhando repercussão na imprensa norte-americana, o artista Robert Kelly, residente na Carolina do Norte, foi identificado como o criador da peça. Ele é fundador da Dark Seed Creations, loja virtual especializada em esculturas e produtos de horror artesanal. A peça encontrada na loja é vendida em seu site por US$ 165 (cerca de R$ 920) e leva o nome de “ursinho de pelúcia de pele humana”.
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Apesar de confirmar que enviou recentemente um exemplar do boneco para um cliente na Califórnia, Kelly nega qualquer envolvimento direto na colocação do item no local público. Em nota divulgada nas redes sociais, o artista declarou:
“Produzimos o urso e enviamos via Etsy como qualquer outra encomenda. Não temos conhecimento de quem o deixou no estacionamento nem fomos procurados por autoridades até agora.”
O caso reacende discussões sobre os limites da arte, especialmente quando a proposta estética invade espaços públicos e gera pânico ou confusão. Embora o boneco seja apenas uma escultura de látex, a reação popular mostra como a linha entre provocação artística e perturbação pode ser tênue — e, muitas vezes, interpretada de forma subjetiva, dependendo do contexto.
As investigações seguem em andamento, mas sem indícios de crime.
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