A influenciadora digital e dançarina Theila Sabrina, que acumula mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, tornou-se alvo de uma investigação da Polícia Civil da Bahia sob suspeita de envolvimento com uma prática criminosa conhecida como sextorsão — quando imagens ou vídeos íntimos são utilizados como ferramenta de chantagem para extorquir dinheiro das vítimas.
De acordo com a delegada Klaudine Passos, uma das vítimas, um casal homoafetivo de Feira de Santana, foi coagida a pagar R$ 10 mil sob ameaça de exposição pública do conteúdo íntimo. “Ela foi categórica ao afirmar que, se o pagamento não fosse feito, divulgaria os vídeos nas redes sociais e em sites de fofoca”, relatou a delegada em entrevista à TV Bahia.
Embora a polícia tenha cumprido mandado de busca e apreensão na residência da investigada, o pedido de prisão feito pela corporação foi negado pela Justiça. Segundo a delegada, a operação só foi executada na última sexta-feira (4) porque a polícia aguardou o fim da agenda de shows da influenciadora, que estava em turnê pelo interior do estado.
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Natural de Minas Gerais e atualmente residente em Feira de Santana, Theila Sabrina já foi assistente de palco, recebeu o título de Cidadã Feirense em 2023 e mantém uma presença ativa nas redes sociais. Ela nega envolvimento nos crimes e afirmou, em entrevista à TV Record, que a cobrança de R$ 6 mil feita a um ex-namorado foi, na verdade, uma tentativa de reaver um empréstimo feito durante o Carnaval. “Eu pedi de forma normal. Ele sabia que eu estava passando por dificuldades”, declarou.
Em nota publicada em sua conta no Instagram, Theila afirmou estar colaborando com as investigações e declarou confiar plenamente na Justiça. Ela criticou os julgamentos precipitados nas redes sociais, alegando que só o processo judicial poderá esclarecer a verdade.
A Polícia Civil informou que novas oitivas estão previstas nos próximos dias e que o caso segue em investigação. Além da extorsão, as vítimas relataram ter sido alvo de ofensas homofóbicas, ameaças e mensagens enviadas a familiares, nas quais a suspeita dizia que divulgaria os vídeos comprometedores.
O caso lança luz sobre os perigos da exposição digital e reforça a importância de medidas de segurança nas redes sociais. Também evidencia como crimes virtuais podem atingir não apenas a esfera financeira, mas abalar profundamente a dignidade e a privacidade das vítimas.
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