Blogueira é morta com 20 tiros após casa ser invadida por traficantes em Águas Claras

Morte da blogueira Mily Muniz escancara a crueldade do tráfico e o risco que muitos enfrentam sem estar diretamente envolvidos Morte da blogueira Mily Muniz escancara a crueldade do tráfico e o risco que muitos enfrentam sem estar diretamente envolvidos
Morte da blogueira Mily Muniz escancara a crueldade do tráfico e o risco que muitos enfrentam sem estar diretamente envolvidos

A história de Emily Paiva da Silva Souza, de apenas 21 anos, conhecida como Mily Muniz nas redes sociais, terminou de forma brutal e revoltante. Ela não estava envolvida com o tráfico. Não era o alvo. Mas acabou executada com mais de 20 tiros dentro de casa, em Águas Claras, na Bahia. E isso levanta uma questão urgente: até onde vai a violência quando nem mesmo inocentes estão seguros dentro do próprio lar?

Segundo informações da polícia, homens armados invadiram a casa de Mily à procura de um outro indivíduo. Não encontraram quem queriam — mas mesmo assim, atiraram nela diversas vezes. A quantidade de disparos mostra o grau de crueldade dessa ação. De acordo com uma fonte policial que acompanha o caso de perto, ela foi alvejada a curta distância, em um ataque direto e intencional, apesar de não ser o verdadeiro alvo.

E o que explica isso?

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Facções criminosas agem com uma lógica de terror. Quem está no caminho, quem mora perto ou quem apenas conhece alguém do “lado errado” pode se tornar vítima. A polícia trabalha com a hipótese de que o verdadeiro alvo estava relacionado com o tráfico, e que os criminosos decidiram agir mesmo sem ter certeza de quem estavam atacando. O resultado: uma jovem cheia de vida, com planos e seguidores que acompanhavam sua rotina nas redes sociais, foi assassinada sem nenhuma chance de defesa.

Além disso, o clima de pânico tomou conta da vizinhança. Testemunhas relataram uma movimentação intensa de traficantes no entorno da casa de Mily, e até um carro foi atingido por disparos em frente à residência. Ou seja, foi uma ação coordenada, violenta e sem escrúpulos.

Após os tiros, agentes da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) chegaram ao local e ainda tentaram socorrer a jovem. Ela foi levada ao Hospital Eládio Lasserre, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos. O óbito foi confirmado na unidade.

O caso está agora nas mãos da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), que já tem pistas sobre os responsáveis, segundo informou a Polícia Civil. A investigação segue em andamento, com o objetivo de identificar a facção envolvida e todos os executores do crime.

Enquanto isso, nas redes sociais, amigos, seguidores e familiares de Mily deixam mensagens de dor e saudade. Gente que acompanhava seu dia a dia, sua alegria, sua leveza. E que agora tenta entender como alguém tão jovem e cheia de planos teve sua vida interrompida de forma tão cruel.

Uma seguidora escreveu: “Tão nova, alegre e cheia de vida. Que papai do céu te coloque em um bom lugar.” Outra comentou: “Outra como você, a gente não encontra mais.”

Esse tipo de crime mostra como o poder do tráfico não está restrito apenas aos seus alvos diretos. Ele atinge famílias, comunidades e até pessoas que sequer estão envolvidas. É mais do que violência: é terrorismo urbano, promovido por facções que não têm limites e que se impõem pelo medo.

E o que esse caso nos ensina?

  • Que o combate ao crime precisa ir além da repressão pontual.
  • Que o Estado precisa ocupar com dignidade os territórios onde o tráfico impõe regras.
  • E que vidas como a de Mily não podem ser apenas estatísticas em planilhas.

Cada jovem que morre de forma violenta deixa um vazio, uma família destroçada e uma sociedade que falhou em protegê-la.

A morte de Mily Muniz é mais do que uma tragédia: é um grito por justiça, por segurança real e por políticas públicas que resgatem a vida nas periferias antes que seja tarde demais.

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