A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu uma resolução nesta terça-feira (25) que proíbe a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde e estéticos.
A medida, assinada pelo gerente-geral de inspeção e fiscalização, Marcus Aurélio Miranda de Araújo, visa proteger a saúde da população, pois ainda não há estudos que comprovem a segurança e eficácia do fenol nesses usos. A proibição permanecerá enquanto os potenciais riscos do fenol são investigados.
O peeling de fenol é um procedimento estético profundo que pode causar graves complicações devido à toxicidade da substância. Os principais perigos incluem:
Danos ao Sistema Respiratório: Inalação de vapores de fenol pode provocar dificuldades respiratórias, tosse e edema pulmonar.
Efeitos no Sistema Nervoso: A exposição ao fenol pode causar dores de cabeça, vertigem, convulsões e até coma.
Danos à Pele e aos Tecidos: O contato direto com o fenol pode causar queimaduras severas e necrose dos tecidos.
Intoxicação Sistêmica: A ingestão ou exposição prolongada pode levar a sintomas graves, como vômitos, diarreia, dor abdominal e falência renal.
Devido a esses riscos, a Anvisa proibiu o uso do fenol em procedimentos de saúde e estéticos para proteger a saúde pública.
Recentemente, um homem de 27 anos faleceu após um peeling de fenol em São Paulo, realizado na clínica da influenciadora Natalia Becker.
Só lembrando que a ANVISA proíbe o uso de fenol.
Incentivo à adoção de alternativas seguras
Incentivar o uso de produtos menos tóxicos e mais seguros pode reduzir o risco de acidentes e problemas de saúde. Prefira produtos de limpeza e desinfetantes que não contenham fenol e que sejam testados quanto à segurança e eficácia. As alternativas não só protegem sua saúde, mas também contribuem para um ambiente mais seguro.
Farmacêuticos estão autorizados a atuar na área de saúde estética conforme as resoluções nº 616/15 e nº 645/2017, desde que possuam um título de especialista obtido através de um programa de pós-graduação lato sensu reconhecido pelo Ministério da Educação e registrado no conselho regional de Farmácia correspondente. Além disso, esses profissionais devem operar dentro dos limites de sua competência, seguindo práticas e procedimentos que garantam a segurança dos pacientes.
Os farmacêuticos têm um conhecimento profundo sobre peelings químicos, adquirido durante sua formação acadêmica e pós-graduação. Essa expertise os capacita a manipular fórmulas, ajustar concentrações, combinar ativos e avaliar os possíveis efeitos biológicos dos tratamentos. Por isso, frequentemente eles são responsáveis por treinar outros profissionais de saúde, que estão autorizados pelos seus respectivos conselhos profissionais a utilizar e aplicar esses produtos.
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