Pouca gente imagina, mas um grande show como o de Lady Gaga, que reuniu mais de 1 milhão de pessoas em Copacabana no último sábado (3/5), pode virar alvo de algo muito mais sério do que apenas um contratempo logístico.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, junto com o Ministério da Justiça, desmontou um plano real de ataque a bomba durante o evento. E o que estava por trás disso é mais grave do que parece: um grupo extremista que se articulava na internet para promover crimes de ódio.
Vamos direto ao ponto. O grupo, que agia em fóruns e redes sociais, não só pregava violência contra o público LGBTQIA+ e menores de idade, como também incentivava crimes como pedofilia, automutilação e até assassinatos.
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Eles usavam esses temas para atrair jovens e adolescentes vulneráveis, oferecendo a falsa sensação de pertencimento a algo “maior”. O objetivo era simples e perigoso: usar a visibilidade do show de Lady Gaga para lançar um ataque que gerasse pânico e mortes, ganhando notoriedade no mundo virtual.

Esse plano só não se concretizou porque as autoridades estavam um passo à frente. A Operação Fake Monster – nome que faz alusão aos “Little Monsters” (como são chamados os fãs da cantora) e ao uso de perfis falsos pelos criminosos – agiu com discrição e eficiência. Durante a investigação, liderada pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Delegacia de Crimes de Informática (DRCI) e a 19ª DP (Tijuca), com o apoio do laboratório cibernético do Ministério da Justiça, foram monitorados diversos integrantes do grupo.
O que eles planejaram? Explosivos improvisados e coquetéis molotov. O foco era atingir um evento que, para eles, representava exatamente o que eles odiavam: diversidade, inclusão e liberdade.
Como a polícia desmontou a operação?
– Prendeu um dos líderes no Rio Grande do Sul, que já estava sendo monitorado, por porte ilegal de arma de fogo.
– Apreendeu um adolescente no Rio que armazenava pornografia infantil.
– Cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades de quatro estados (RJ, SP, MT e RS).
– Coletou dispositivos eletrônicos e materiais que serão analisados para aprofundar as provas.
E o show?
O público sequer percebeu o risco. A operação foi mantida em sigilo até o fim, justamente para não gerar pânico. A segurança foi reforçada discretamente e o evento seguiu normalmente, com Lady Gaga entregando um espetáculo histórico.
Por que Lady Gaga?
A escolha do show não foi por acaso. A cantora é uma defensora declarada dos direitos LGBTQIA+ e dos jovens, causas que o grupo extremista combatia abertamente. Para eles, o evento era uma vitrine perfeita para espalhar o terror.
No fim, o que fica claro é que a integração entre as polícias e as ações de inteligência foram decisivas para evitar uma tragédia que tinha tudo para chocar o país. A investigação continua e mais pessoas podem ser presas.
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