Um caso digno de filme policial tem chamado atenção no Rio de Janeiro. O advogado criminalista Luís Maurício Martins Galda foi flagrado por câmeras de segurança usando uma máscara realista de silicone — que simulava o rosto de um homem calvo — para invadir e furtar um apartamento de luxo em um apart-hotel no bairro do Gragoatá, em Niterói, na Região Metropolitana. O crime, segundo a Polícia Civil, ocorreu no dia 7 de fevereiro, mas só agora os detalhes começam a vir à tona.
Um disfarce pensado nos mínimos detalhes
Vestindo terno, luvas e a máscara, Galda circulou por áreas restritas do apart-hotel como se fosse alguém autorizado. Durante os cerca de 18 minutos de ação, ele manteve um celular colado ao ouvido, aparentando estar em uma ligação, o que pode ter sido uma estratégia para afastar suspeitas e indicar que agia sob orientação. Imagens mostram o momento em que ele força a porta de um dos apartamentos e leva cerca de 10 relógios, avaliados em R$ 80 mil no total.
A inteligência por trás do crime
As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro indicam que Galda não agiu sozinho. De acordo com as autoridades, o crime teria sido planejado por Alexandre Ceotto André, que teria fornecido a planta do imóvel e informações detalhadas sobre os hábitos do morador — como horários de entrada, saída e períodos em que o imóvel ficava vazio. Uma operação policial realizada nesta terça-feira (13) teve como foco Alexandre, que foi apontado pelo próprio Galda como mentor intelectual do furto.
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Buscas e apreensões
Na semana anterior, durante o cumprimento de mandado na residência de Galda, o advogado confessou participação no crime e indicou Alexandre como o responsável pela ideia. Com base nessa informação, os policiais realizaram buscas na casa da mãe de Alexandre e no prédio onde ele reside. Celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos foram apreendidos para análise e podem trazer novas provas sobre o esquema.
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O que está em jogo agora
A complexidade do crime acende um alerta para a sofisticação de alguns delitos praticados por pessoas com alto nível de instrução, como no caso de Galda, um advogado criminalista. O uso de disfarce profissional, aliado ao conhecimento da estrutura do prédio e à rotina da vítima, mostra um planejamento meticuloso, que agora está sendo desmontado pela polícia.
As investigações seguem em curso e podem culminar em indiciamentos por furto qualificado, formação de quadrilha e uso de artifício para dificultar a identificação, entre outros crimes. A expectativa é de que, com a análise dos equipamentos apreendidos, novos envolvidos ou detalhes da ação venham à tona.
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