Mãe de motorista esquartejado fala sobre vídeo do crime: ‘Última coisa que vi dele’

Onze dias se passaram desde que Weverton Antônio dos Santos, de 25 anos, desapareceu após sair de casa para trabalhar como motorista por aplicativo. Desde então, a vida da família mudou completamente. A mãe, Nalva Ramos, de 48 anos, ainda luta para acreditar no que aconteceu. Em entrevista emocionada, ela revela que a confirmação da morte veio por meio de um vídeo brutal, recebido por parentes e policiais.

Foi a última imagem dele que vi. Não consegui acreditar. Achei que era um acidente, que ele estaria no hospital. Mas me vi indo para a delegacia e enfrentando a dor mais cruel da minha vida”, contou Nalva, com a voz embargada.

Weverton morava com os pais no centro de Eunápolis, no Extremo-Sul da Bahia. Costumava dormir, às vezes, na casa da namorada, e isso inicialmente tranquilizou a família quando ele não retornou no dia 13 de maio. Mas, na manhã seguinte, tudo mudou.

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Um crime bárbaro e sem explicação

Segundo as investigações, Weverton teria sido sequestrado, torturado e esquartejado por criminosos ligados ao tráfico de drogas, após ter frequentado recentemente o bairro Alecrim, área sob forte influência de facções. As motivações ainda não foram esclarecidas, e a principal linha investigativa aponta que ele pode ter sido confundido ou envolvido em um conflito que não era seu.

Meu filho era um rapaz trabalhador, prestativo, querido. Nunca foi ameaçado, não devia nada a ninguém. Ele não foi apenas morto. Fizeram algo muito pior. É uma dor que não passa”, desabafa Nalva.

Família cobra respostas e critica lentidão das investigações

No último fim de semana, familiares e amigos de Weverton fizeram um protesto pacífico na Câmara de Vereadores de Eunápolis, pedindo mais agilidade e transparência nas investigações. Para Nalva, a resposta das autoridades tem sido lenta e desigual.

Atiraram no carro de um diretor do presídio aqui e, em menos de 24 horas, prenderam o suspeito. Com o caso do meu filho, já são 11 dias e nada. Nenhum preso, nenhuma resposta concreta. A dor aumenta porque parece que ninguém se importa com o que aconteceu com ele”, afirma.

A mãe também lamenta não ter conseguido sequer se despedir dignamente: “Nem o corpo do meu filho eu tive o direito de enterrar. Como uma mãe pode aceitar isso?

O que diz a polícia

A Delegacia Territorial de Eunápolis está à frente das investigações. De acordo com nota da Polícia Civil, diligências seguem em andamento para apurar a autoria e motivação do crime. Guias periciais foram expedidas e depoimentos estão sendo colhidos. No entanto, até o momento, nenhum suspeito foi detido.

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