Imagine só: uma ida rápida ao mercado, que deveria ser simples e tranquila, mudou completamente a vida de uma esteticista de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela estava com o bebê no carrinho e o marido ao lado quando, de repente, uma tonelada e meia de caixas de leite condensado caiu sobre ela. Esse acidente aconteceu no dia 9 de março, no Via Atacadista, e desde então, a rotina dela virou de cabeça para baixo.
Ela prefere manter a identidade em sigilo, mas abriu o coração em uma entrevista para contar o que tem vivido desde aquele dia.
A primeira preocupação dela foi com o filho, que felizmente saiu ileso. O marido também ficou ferido, com uma fratura no braço. Mas ela teve que enfrentar três cirurgias — na pelve, na mão e na região do sacro, que fica na base da coluna — e agora está reaprendendo a andar.
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Antes do acidente, a agenda dela estava cheia até abril, trabalhando normalmente e cuidando da família. Hoje, ela está afastada do trabalho, sem renda, e depende da ajuda para cuidar do bebê de seis meses.
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Esse relato é importante porque mostra o impacto real que um acidente inesperado pode causar, não só na saúde física, mas também na qualidade de vida.
“Não tenho mais minha vida de antes, hoje vivo com dor, com sequelas ainda sendo tratadas, mas sem certeza nenhuma de que voltarei ao normal, sem poder fazer as coisas para meu filho, minha casa, minha rotina de antes. Tudo hoje tenho limitações, nada consigo fazer como antes. Vivendo um dia de cada vez.”
Além do sofrimento físico, há também o desafio de lidar com a dependência e a mudança drástica na rotina. Situações assim evidenciam a importância de políticas e ações que garantam suporte adequado às vítimas de acidentes, seja por meio de assistência social, auxílio financeiro ou acompanhamento médico especializado.
A empresa responsável pelo atacado afirma que tem dado suporte pontual, como transferências hospitalares, reembolso parcial de remédios, cuidadora e algumas sessões de fisioterapia e psicoterapia.
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