Uma cena inusitada roubou a atenção durante o depoimento da influenciadora Virgínia Fonseca na CPI das Apostas Esportivas, também conhecida como CPI das Bets. Enquanto respondia às perguntas dos parlamentares, a blogueira confundiu o microfone de mesa com o canudo de seu copo térmico e tentou sugar o equipamento, gerando um momento constrangedor — e viral.
O trecho rapidamente circulou nas redes sociais, acompanhado de comentários bem-humorados, mas também críticas. “A Virgínia tá numa CPI e age como se tivesse num podcast”, comentou um internauta no X (antigo Twitter), resumindo o tom de parte da audiência que questionou a postura adotada pela influenciadora no ambiente formal do Congresso.
CPI, Influência Digital e o Papel dos Criadores de Conteúdo
Além da gafe, o comportamento geral de Virgínia foi amplamente analisado por usuários da internet e especialistas em comunicação. O look informal, o tom leve e as respostas descontraídas dividiram opiniões e levantaram questionamentos sobre o preparo de influenciadores para lidar com situações públicas de grande responsabilidade.
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Chamada para prestar esclarecimentos na condição de testemunha, Virgínia foi convocada pela comissão em novembro de 2024. Sua defesa recorreu ao Supremo Tribunal Federal, alegando que a convocação na prática a colocava na condição de investigada, o que violaria princípios constitucionais.
A VIRGINIA CHUPANDO O MICROFONE ACHANDO QUE ERA O CANUDO DA GARRAFA KKKKKKKKKKK pic.twitter.com/iz3gvgGTp5
— MattyBala 💜🐧 (@MattyBala) May 13, 2025
Silêncio Estratégico e Esclarecimentos Pontuais
Amparada por um habeas corpus que lhe garantia o direito de permanecer calada em perguntas que pudessem incriminá-la, a esposa do cantor Zé Felipe optou por responder algumas questões, especialmente as que envolviam sua atuação como garota-propaganda de plataformas de apostas.
Um dos pontos abordados foi a polêmica sobre o uso de contas demo (falsas) para simular ganhos em apostas durante publicações patrocinadas no Instagram. Virgínia admitiu que, em alguns casos, utiliza esse tipo de conta, o que reacendeu o debate sobre transparência na publicidade digital, especialmente quando envolve produtos financeiros e jogos de azar.
O que está em jogo?
O episódio vai além do momento cômico: ele ilustra um conflito crescente entre a informalidade da cultura digital e a seriedade das instituições públicas. A presença de influenciadores na CPI das Bets acende um alerta sobre a responsabilidade ética e legal dos criadores de conteúdo ao promoverem produtos de alto risco — como as plataformas de apostas — para milhões de seguidores, muitos deles jovens.
A CPI segue apurando o envolvimento de celebridades e influenciadores em esquemas de divulgação de casas de aposta supostamente ilegais ou que utilizam estratégias enganosas de marketing.
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