Após semanas afastado do público, o influenciador baiano Franklin Reis voltou a se pronunciar nas redes sociais. Preso em abril durante a segunda fase da Operação Falsas Promessas, que investiga um esquema de rifas ilegais ligadas à lavagem de dinheiro, ele foi solto na última terça-feira (6) e fez um desabafo emocionado.
“Tudo passa. Preciso de um tempo agora para minha mente, tá ‘bugada’, família. Amo todos“, publicou Franklin nos stories do Instagram. Com mais de 1 milhão de seguidores, o influenciador é conhecido pelos vídeos de humor e pelo personagem ‘Neca’, criado ao lado do parceiro Dum Ice.
No mesmo dia, ele compartilhou um vídeo em que aparece emocionado, reforçando sua trajetória de superação:
“Eu venci na vida. São muitos anos de história. Agradeço a Deus. Fiz a minha história. Se for preciso, volto a vender doce em ônibus”, declarou.
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Relembre o caso
Franklin foi alvo de mandado de prisão na Região Metropolitana de Salvador durante a ação da Polícia Civil da Bahia. A Operação Falsas Promessas investiga um grupo criminoso que manipulava sorteios, prometendo prêmios por meio de rifas ilegais. As investigações apontam que influenciadores digitais eram utilizados para divulgar e dar credibilidade ao esquema.
Mais de 20 mandados de prisão foram cumpridos nesta segunda fase da operação. A polícia afirma que os valores movimentados por meio dessas rifas passavam por processos de lavagem de dinheiro, prejudicando consumidores e violando normas legais sobre sorteios e promoções.
O que são rifas ilegais?
No Brasil, qualquer sorteio que envolva premiação precisa seguir regras determinadas pela legislação federal e ter autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada ao Ministério da Fazenda. Rifas feitas por pessoas físicas ou empresas sem essa autorização são consideradas irregulares — ainda que promovidas nas redes sociais ou com suposta finalidade beneficente.
Quando essas atividades envolvem manipulação de resultados ou ocultação de recursos, o caso pode se agravar para crimes como estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A influência digital como foco de investigação
O uso da imagem de influenciadores para divulgar rifas tem chamado a atenção das autoridades. A exposição nas redes sociais ajuda a impulsionar a adesão do público, que muitas vezes participa dos sorteios acreditando se tratar de uma ação legítima. No entanto, quando essas promoções não são regulamentadas, todos os envolvidos — inclusive quem divulga — podem ser responsabilizados.
A situação de Franklin reacende o debate sobre a responsabilidade de criadores de conteúdo diante de seu público e das marcas com as quais se associam. Para especialistas, é essencial que influenciadores se atentem à legalidade das campanhas que divulgam.
Desabafo repercute nas redes
A volta de Franklin causou comoção entre os fãs. Nos comentários, muitos expressaram apoio ao influenciador e desejaram força nesse momento. Para alguns, ele é um símbolo de superação, vindo de origem humilde e alcançando o sucesso com humor e autenticidade. Mas o episódio também levanta alertas sobre os riscos da fama digital mal gerida e as consequências jurídicas de associações indevidas.
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