O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu a opinião pública ao afirmar, nesta terça-feira (2), que gostaria de ocupar o cargo de papa. A declaração aconteceu poucos dias após a morte do papa Francisco, que faleceu aos 88 anos, em 21 de abril. Em tom de brincadeira — mas não isento de repercussões — Trump disse: “Eu gostaria de ser papa. Seria a minha primeira escolha.”
A fala foi dada a jornalistas, enquanto o mundo católico se prepara para o conclave, cerimônia que definirá o próximo líder da Igreja Católica. A afirmação, embora aparentemente informal, rapidamente reverberou em diferentes círculos religiosos, políticos e midiáticos, alimentando um debate sobre o respeito às instituições religiosas e as intenções políticas de Trump. VEJA O VÍDEO ABAIXO DE TRUMP AFIRMANDO:
A situação ganhou ainda mais força quando, na última sexta-feira (2), Trump publicou uma imagem — aparentemente gerada por inteligência artificial — em que aparece vestido como o pontífice. A foto foi compartilhada na rede Truth Social e, mais tarde, republicada no perfil oficial da Casa Branca no Instagram. A imagem exibe Trump sentado em uma poltrona, usando batina branca, mitra e segurando uma cruz de ouro, em uma pose que remete a autoridade e poder. Apesar de não ter legenda, a publicação provocou inúmeras reações.
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Diversos usuários classificaram a postagem como desrespeitosa e ofensiva aos católicos. Comentários como “inapropriado, insensível e desrespeitoso” tomaram conta das redes sociais. Para muitos, a montagem não foi apenas uma brincadeira, mas uma tentativa de projetar poder e autoridade sob uma estética religiosa.
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Especialistas em comunicação política alertam que a associação visual com símbolos sagrados pode ter implicações sérias, especialmente em um contexto global em que a laicidade do Estado e o respeito à liberdade religiosa são princípios fundamentais. Além disso, o fato de a foto ter sido repostada em uma conta oficial do governo levantou discussões sobre o uso de canais institucionais para promover conteúdos de caráter duvidoso.
O Vaticano não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento. No entanto, líderes religiosos e especialistas já apontam que esse tipo de gesto pode gerar desgastes diplomáticos e afetar o diálogo entre a Igreja Católica e o governo norte-americano.
Independentemente da intenção, a ação de Trump trouxe à tona um debate essencial sobre os limites entre liberdade de expressão, respeito religioso e o uso responsável de ferramentas de inteligência artificial.
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