Vendedora é morta após denunciar milícia: crime causa revolta na comunidade

A morte de Edineide Aparecida Rodrigues de Oliveira, de 57 anos, tem gerado indignação e alerta para um problema sério: a atuação de milícias e organizações criminosas que agem com violência para intimidar quem tenta romper o silêncio. Edineide foi assassinada com um tiro na cabeça na porta de casa, na Zona Leste de São Paulo, na noite do último domingo (27), pouco antes de sair para trabalhar como vendedora na Feirinha da Madrugada, no Brás.

O que torna esse caso ainda mais grave é que ela havia denunciado um esquema de extorsão praticado contra ambulantes no centro da capital paulista. Grupos criminosos estavam exigindo pagamentos semanais dos comerciantes informais para que pudessem trabalhar sem serem incomodados. Essa cobrança ilegal, feita sob ameaças, já era investigada pela polícia, que inclusive havia efetuado prisões em 2023 — entre os presos, uma mulher conhecida como “Baronesa”, apontada como uma das líderes do esquema.

Câmeras de segurança registraram o momento do crime. Nas imagens, um homem usando boné se aproxima de Edineide, chama seu nome, manda que ela não reaja e atira à queima-roupa. O criminoso fugiu imediatamente em um carro escuro que o aguardava por perto. A própria filha da vítima presenciou a execução. Edineide chegou a ser socorrida, mas infelizmente não resistiu.

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A principal linha de investigação da Polícia Civil é a de que o assassinato tenha sido uma retaliação pela denúncia. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente do caso, e testemunhas disseram que o autor do disparo parecia ser estrangeiro — uma informação que pode ajudar a traçar o perfil do atirador e dos envolvidos.

Esse crime não é apenas mais um número em uma estatística de violência. É um alerta sobre os riscos enfrentados por quem ousa romper o ciclo do medo e da omissão. Edineide, ao denunciar um grupo criminoso, demonstrou coragem. Sua morte exige respostas rápidas e firmes por parte das autoridades. É essencial que os responsáveis sejam identificados e punidos, não só para fazer justiça à vítima, mas para garantir que outras pessoas não sejam silenciadas da mesma forma.

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