A recente morte do Papa Francisco, em 21 de abril, trouxe à tona uma curiosidade sobre a Igreja Católica que muitos talvez desconhecessem: o Papa Francisco não nasceu com esse nome. Seu nome de batismo era Jorge Mario Bergoglio.
Mas, por que, afinal, os papas trocam de nome ao assumirem o papado? Essa prática, que muitos acreditam ser recente, na verdade tem raízes profundas na história da Igreja e simboliza muito mais do que uma simples mudança de identidade.
Curiosamente, essa tradição de adotar um novo nome não surgiu no início do papado. Nos primeiros séculos da Igreja, os papas mantinham seus nomes de nascimento. Foi somente no século VI que essa mudança começou a ser adotada, e o primeiro papa a seguir esse caminho foi o Papa João II, que nasceu Mercúrio, mas preferiu adotar o nome de um apóstolo de Jesus. A razão? Evitar qualquer associação com o deus romano Mercúrio, que, claro, não teria lugar no contexto cristão.
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A partir daí, a mudança de nome foi se consolidando. No final do século X, nomes como João XIV e Gregório V se tornaram comuns entre os papas, estabelecendo de vez a tradição. Mas o que isso significa realmente? Para muitos, adotar um novo nome é uma forma de afirmar uma nova missão, uma renovação espiritual. O Papa não apenas assume uma nova liderança, mas simboliza, com esse nome, sua jornada única à frente da Igreja. Não é à toa que, na Bíblia, Deus mesmo muda o nome de alguns discípulos como Pedro, o primeiro apóstolo, renomeado por Jesus.
Essa escolha de nome reflete a continuidade de um legado espiritual que remonta aos primórdios do cristianismo, uma forma de conectar cada pontificado com o passado, mas também de dar um novo sentido ao papel que o papa desempenha para os fiéis.
Então, quando um novo papa é eleito, você já sabe: o nome que ele escolher vai além de um simples título. Ele é um símbolo do compromisso com a fé, com a missão que ele está prestes a desempenhar, e com o legado que ele quer deixar na história da Igreja Católica.
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