Série da Netflix expõe conexão entre Lula e tragédia aérea em Congonhas

A tragédia que parou o Brasil em julho de 2007 volta a ganhar destaque, agora sob uma nova ótica. A Netflix estreia a série documental Congonhas: Tragédia Anunciada, e o segundo episódio promete mexer com quem viveu ou acompanhou aquele momento tão doloroso da nossa história recente.

O voo da TAM, que caiu ao tentar pousar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tirou a vida de 199 pessoas. Mas o que pouca gente sabia — até agora — é como o desastre aéreo sacudiu os bastidores do poder em Brasília e mergulhou o governo Lula em uma crise profunda.

No episódio intitulado “O Ar”, o documentário mostra, com base em depoimentos de familiares, especialistas e integrantes do governo da época, o clima de caos instaurado nos dias seguintes à tragédia. Uma crise sem precedentes: aeroportos lotados, voos atrasados, protestos e a população vivendo o medo de voar.

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Um detalhe crucial abordado no episódio foi a condição da pista de pouso de Congonhas. A pista recém-reformada pela Infraero não tinha as ranhuras de frenagem que evitam acidentes em dias chuvosos. Isso levantou dúvidas sobre decisões do governo federal, que liberou o uso da pista sem esse item essencial de segurança.

Relatórios oficiais indicam que houve também falhas na condução do voo. Os dois motores do avião estavam operando em modos diferentes no momento do pouso, o que comprometeu totalmente a frenagem da aeronave — e agravou as consequências do que já era uma situação de alto risco.

Mas o documentário não se limita aos aspectos técnicos. Ele expõe também o peso político que recaiu sobre o presidente Lula. A demora de três dias para que o presidente se pronunciasse foi amplamente criticada pela imprensa e pela oposição. Para muitos, isso parecia uma tentativa de culpar diretamente o governo pela tragédia.

Clara Ant, assessora próxima de Lula na época, revela que ele escolheu o silêncio inicial para entender a fundo o que havia acontecido. Só então, com base em informações de técnicos e ministros, decidiu se manifestar. Mesmo assim, o clima era de pressão constante.

A série também traz à tona o sofrimento dos familiares. A espera angustiante por respostas, o processo doloroso de identificação dos corpos — que em alguns casos levou até um mês — e o embate entre os parentes das vítimas e representantes da TAM. Nada disso foi fácil. E é exatamente essa dor que a série humaniza.

Mais do que revisitar uma tragédia, a série convida o espectador a refletir sobre responsabilidade, gestão pública e, acima de tudo, empatia. Porque, por trás dos números e das manchetes, estavam vidas, histórias e famílias que até hoje buscam compreensão e justiça.

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