Produtores baianos celebram 17 medalhas de ouro em competição nacional de queijos

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Produtores baianos celebram 17 medalhas de ouro em competição nacional de queijos

A Bahia alcançou a 6ª posição entre os estados que mais receberam medalhas no Prêmio Queijo Brasil, que avalia a qualidade dos queijos artesanais. No total, foram 53 medalhas: 17 de ouro, 17 de prata e 19 de bronze, conquistadas por 175 produtores de queijos artesanais liderados pelo Sebrae Bahia. O evento ocorreu em Blumenau (SC) de 11 a 14 de julho.

Wagner Carvalho, coordenador de Agronegócios do Sebrae Bahia, celebrou o desempenho da equipe baiana. “Esse resultado é fruto de uma produção de queijos artesanais que melhora continuamente. É um grande orgulho para o Sebrae ter contribuído para essa evolução por meio de capacitação, governança e acesso ao mercado. Hoje, a Bahia se destaca com um forte posicionamento na produção de queijos artesanais,” afirmou.

João Campos, presidente da Associação Queijo Baiano, também destacou o resultado. “Mais uma vez, a Bahia obteve um desempenho fantástico, com medalhas de Norte a Sul do estado. Fomos novamente o destaque do Nordeste. Já ficou claro que somos uma potência na produção de queijos artesanais. Essa condição está consolidada,” enfatizou.

O Sebrae de Feira de Santana tem sido um grande apoiador, oferecendo capacitação, consultoria e incentivos que ajudam a aprimorar a produção, gestão e comercialização dos queijos. Esse suporte é fundamental para o reconhecimento nacional dos queijos artesanais baianos. Na última edição do Prêmio Queijo Brasil, o queijo FLOR DE ANGICO da queijaria Maria Bonita, de São Domingos, ganhou medalha de ouro. Ângelo Araújo e Oriana Araújo, os produtores, destacam a importância da parceria com o Sebrae e o apoio recebido desde o início.

O Melhor da Bahia

O Prêmio Queijo Brasil escolhe o melhor queijo produzido em cada estado participante. Na Bahia, o queijo com a maior pontuação foi da queijaria Maria Bonita, localizada no município de São Domingos.

A queijaria Maria Bonita começou de forma caseira em 2017 e hoje produz de 3 a 5 kg de queijo por dia. Ângelo, o mestre queijeiro, aprimorou as técnicas de produção, focando em queijos frescos e naturais, sem conservantes. A dedicação ao manejo das cabras e ao processo de produção é essencial para a qualidade dos queijos.

A Bahia se destaca pela inovação e diversidade dos seus queijos, desde os tradicionais até os mais modernos, utilizando ingredientes regionais. Um exemplo é a Queijaria e Fazenda Licurizal, cujo queijo Coração do Massapê foi premiado na França e no Brasil. João Campos, presidente da Associação Queijo Baiano, explica que a associação, com 70 membros, produz mais de 10 toneladas de queijo por mês, empregando mais de 100 pessoas. A associação trabalha em três frentes: jurídica, comercial e política, para fortalecer a cadeia de produção de derivados do leite.

Para o produtor Livio Mascarenhas, da Fazenda Morrinhos, a associação oferece representatividade e apoio na aprovação de leis e regulamentações, além de promover compras coletivas para reduzir custos. A participação na associação é essencial para o fortalecimento dos pequenos produtores.

Isailton Reis, Gerente Regional do Sebrae em Feira de Santana, comemora a premiação nacional como um sinal do sucesso da parceria entre os produtores e do suporte fornecido pelo Sebrae. Ele acredita que essa conquista encorajará mais produtores a se juntarem à associação e a buscarem qualificação, melhorando ainda mais a qualidade dos queijos artesanais da Bahia. Com colaboração e apoio constantes, os queijos baianos têm o potencial de ganhar mais destaque no mercado nacional e internacional, promovendo a tradição e os sabores da Bahia globalmente.

A competidora baiana que ganhou mais medalhas de ouro foi a cooperativa Capribéee, dos municípios Curaçá e Jaguarari. No total, foram oito medalhas: quatro de ouro, três de prata e uma de bronze. Eugênia Ribeiro, presidente e gerente de comercialização da Capribéee, comemorou a vitória.

“Participar desses eventos é de grande importância para os nossos produtores, porque essas premiações enriquecem e favorecem a divulgação do nosso trabalho e a comercialização,” ressaltou.

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