Mulher denuncia agressão do marido e acaba presa por engano em delegacia

O que era para ser um ato de coragem e busca por justiça se transformou em um verdadeiro pesadelo para Débora Cristina da Silva Damasceno, de 42 anos. Vítima de violência doméstica, ela procurou a delegacia em Petrópolis, no Rio de Janeiro, para denunciar o marido e solicitar medidas protetivas. No entanto, em vez de receber o amparo do Estado, Débora foi presa injustamente e passou três dias atrás das grades por um erro grave das autoridades.

O caso evidencia falhas preocupantes no sistema de identificação e cumprimento de mandados de prisão. Débora foi confundida com outra mulher que tem o mesmo primeiro nome, mas que é procurada por tráfico de drogas em Minas Gerais. No entanto, bastava uma análise mais criteriosa para evitar o erro. A mulher realmente procurada não possui o sobrenome “Silva”, nasceu em Belo Horizonte e tem 34 anos, ou seja, oito anos a menos do que Débora de Petrópolis. Mesmo com essas diferenças claras, a prisão foi efetuada sem a devida checagem.

Durante os três dias de detenção, Débora viveu momentos de angústia, sem entender como havia sido envolvida em um crime do qual nunca fez parte. Ao ser solta, desabafou sobre o absurdo da situação. “Saber que você é inocente e está passando por algo que não é para você… Quando falaram o lugar, BH, eu não sei nem como faz para chegar lá”, disse, visivelmente abalada, em entrevista à TV Globo.

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A liberação só ocorreu após a Justiça reconhecer o erro. O juiz Alex Quaresma Ravache, do Rio de Janeiro, encaminhou documentos provando que Débora era inocente. Diante disso, a Justiça de Minas Gerais corrigiu o equívoco e determinou a soltura.

Do lado de fora do presídio, a espera pelo reencontro foi marcada por revolta e sofrimento. O filho de Débora, Fabrício Damasceno, passou horas aguardando a mãe e demonstrou indignação com a falha do sistema. “Tô sentindo uma tristeza forte, uma saudade da minha mãe, e muito indignado com a Justiça”, declarou.

Esse caso levanta um alerta sobre a necessidade de maior rigor na verificação de identidades antes da prisão de qualquer pessoa. Além de enfrentar a dor da violência doméstica, Débora foi revitimizada pelo próprio sistema que deveria protegê-la. Enquanto isso, o verdadeiro criminoso que deveria estar preso continua solto.

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