O que era para ser um espaço de proteção se transformou em cenário de pânico na noite desta segunda-feira (10) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Um homem de 43 anos foi preso em flagrante após invadir a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) e ameaçar sua namorada de morte.
De acordo com relatos da polícia, o agressor subiu as escadas da delegacia e se dirigiu à vítima com ameaças diretas: “Se você continuar com o processo, vou te matar e chamar os milicianos”, teria dito ele. Assustada, a mulher tentou se esconder atrás dos bebedouros do local.
A situação rapidamente chamou a atenção de outras mulheres que estavam na delegacia, que começaram a gritar e alertaram os policiais. A reação foi imediata, e o homem acabou detido antes que pudesse deixar o prédio.
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Outras Acusações e Histórico de Violência
Além da ameaça, o agressor responderá por outros crimes. Ele teria vandalizado pertences da vítima, sujando tudo com mostarda e shoyu, além de tentar difamá-la ao enviar mensagens para o patrão da mulher, insinuando que ela tinha um caso com o motorista da empresa.
Não é a primeira vez que ele se envolve em um caso de violência contra mulheres. Em dezembro de 2006, o mesmo homem já havia sido levado para a Deam de Nova Iguaçu, acusado de agredir sua então esposa. Segundo o relato da vítima na época, ele era usuário frequente de álcool e drogas e tinha comportamento agressivo. Um dos episódios de violência ocorreu em uma boate, onde, após uma discussão, ele a agrediu com um soco no ombro e, mais tarde, a jogou no chão segurando-a pelo pescoço. Mesmo após 18 anos, o caso segue registrado na delegacia.
Crescente Número de Casos de Violência Doméstica
Casos como esse reforçam a urgência do combate à violência contra a mulher. O ambiente da Deam, que deveria ser um espaço de acolhimento e proteção, foi desafiado pela ousadia de um agressor que tentou intimidar sua vítima dentro da própria delegacia. A ação rápida da polícia garantiu a segurança da mulher, mas a história evidencia o medo e a vulnerabilidade que muitas vítimas enfrentam diariamente.
O episódio reacende o alerta sobre a necessidade de denunciar e garantir que medidas protetivas sejam cumpridas com rigor.
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