Presidente Lula celebra a liberdade de Julian Assange

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Presidente Lula celebra a liberdade de Julian Assange

Nesta terça-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua alegria pela libertação de Julian Assange, jornalista australiano e criador do Wikileaks, que passou 1.901 dias detido. Lula compartilhou em suas redes sociais que essa liberdade representa um avanço democrático e uma conquista pela liberdade de imprensa.

Quem foi Julian Assage

Nascido em 3 de julho de 1971, em Townsville, Austrália, Assange ganhou notoriedade mundial em 2010, quando o WikiLeaks publicou uma série de documentos classificados, incluindo os “Logs de Guerra do Afeganistão” e os “Cablegate” – uma coleção de cabos diplomáticos dos EUA.

Julian Assange ganhou fama internacional por ser o fundador do WikiLeaks, um grupo ativista estabelecido em 2006. Nos anos que se seguiram, a organização divulgou aproximadamente 700 mil documentos confidenciais dos Estados Unidos, gerando indignação entre as autoridades americanas.

Como resultado, Assange enfrentou diversas acusações e passou sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, antes de ser detido. Agora, após anos de processos judiciais e um acordo com os Estados Unidos, ele está prestes a ser libertado oficialmente.

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Ele divulgou no WikiLeaks

O WikiLeaks foi estabelecido em 2006 como uma plataforma online destinada ao vazamento de documentos confidenciais. Utilizando uma técnica conhecida como “dead letter box”, o grupo permitia que ativistas enviassem materiais secretos de forma anônima.

Embora fundado em 2006, o WikiLeaks só ganhou notoriedade em 2010, quando divulgou um vídeo confidencial mostrando um ataque de helicóptero dos EUA no Iraque, ocorrido em 2007 e resultando em 12 mortes. Naquele mesmo ano, a organização também compartilhou cerca de 490 mil documentos militares dos EUA relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão, muitos dos quais eram classificados como secretos.

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O retorno de Assange para casa, ainda que tardio, é visto como um marco importante nessa luta. A mensagem de Lula ecoou a ideia de que o mundo está um pouco melhor e menos injusto com essa libertação.

Assange concordou em admitir sua culpa por conspirar para obter e divulgar informações confidenciais ilegalmente, em um acordo com a Justiça dos Estados Unidos. Ele enfrenta acusações que totalizam 18 crimes, incluindo espionagem, devido à divulgação, em 2010, de documentos que revelaram abusos de direitos humanos nas guerras do Afeganistão e do Iraque.

Detido em 2019 no Reino Unido, onde cumpria pena por violar sua liberdade condicional, Assange buscou refúgio na embaixada do Equador em 2012 para evitar extradição para a Suécia, onde enfrentava acusações de crimes sexuais.

Segundo o Wikileaks, Assange foi libertado da prisão de Belmarsh nesta terça-feira (25) e já partiu para a Austrália. O presidente Lula criticou sua prisão, considerando-a injusta, e sugeriu que Assange merecia reconhecimento por expor segredos governamentais em vez de ser punido.

Stella Moris-Smith Robertson, esposa de Julian Assange e organizadora da campanha Free Assange, lançou uma arrecadação de fundos em uma postagem na rede X para ajudar a quitar uma dívida de 520 mil dólares com o governo australiano. Esse valor corresponde ao custo do voo fretado VJ199 que transportou Assange para a Austrália, onde ele viverá em liberdade ao lado de Stella.

Em sua postagem, Stella destacou o alto custo da viagem e a necessidade urgente de arrecadar o valor. Ela explicou que, devido a restrições impostas a Assange, ele não pôde utilizar companhias aéreas comerciais e foi necessário recorrer a um voo fretado. Stella pediu contribuições, de qualquer valor, para ajudar a cobrir a dívida.

Sua figura é polarizadora, com defensores celebrando-o como um herói da transparência e críticos acusando-o de colocar vidas em risco ao publicar informações sensíveis. O caso de Assange levanta questões complexas sobre a liberdade de imprensa, a segurança nacional e os direitos humanos.

Fonte: Agência Brasil

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