Financiamento da Caixa começa a operar com novas regras; confira

A Caixa Econômica Federal acaba de anunciar novas regras para o crédito imobiliário, tornando o acesso à casa própria mais viável para um número maior de brasileiros. A iniciativa busca atualizar o modelo de financiamento, adequando-o à realidade econômica atual e às necessidades de famílias que não se enquadram nos programas subsidiados, mas ainda enfrentam dificuldades para comprar um imóvel.

O financiamento imobiliário continua sendo uma das principais ferramentas para quem sonha em ter a casa própria sem precisar pagar tudo de uma vez. Por meio dele, o comprador pode parcelar o valor do imóvel em prazos longos, com juros ajustados à sua renda. Essa modalidade movimenta toda a cadeia da construção civil, fomenta o mercado e impulsiona o desenvolvimento urbano.

Caixa atualiza regras e amplia acesso ao crédito habitacional

A nova fase do financiamento da Caixa começou a valer no dia 20 de outubro e traz mudanças importantes. O valor máximo dos imóveis financiados passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, o que amplia o alcance da linha de crédito. Além disso, o banco agora permite o financiamento de até 80% do valor do imóvel, exigindo entrada mínima de 20%. Antes, o limite era de 70%, o que dificultava o acesso de muitas famílias.

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Com essa atualização, quem tem renda mensal acima de R$ 12 mil poderá financiar imóveis de maior valor dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) — o que significa acesso a juros menores, limitados a 12% ao ano, e possibilidade de usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como parte do pagamento.

caixa economica

A medida busca atender uma faixa de público que não se beneficia de subsídios do programa Minha Casa, Minha Vida, mas ainda encontra barreiras para conseguir crédito imobiliário. A expectativa é que mais de 80 mil novos contratos sejam firmados até 2026, fortalecendo o setor e ampliando o número de famílias com moradia própria.

O que muda na prática

A ampliação do teto do SFH é o ponto central da mudança, pois aumenta o valor dos imóveis elegíveis ao uso do FGTS. Além disso, os bancos poderão usar até 100% dos recursos da poupança para liberar crédito habitacional — sendo que 80% devem obrigatoriamente ser aplicados em financiamentos dentro do SFH. Essa regra torna o sistema mais dinâmico e cria condições para aumentar a oferta de crédito no país.

As novas taxas de juros foram padronizadas em até 12% ao ano, o que dá mais segurança e previsibilidade ao comprador. A Caixa oferece duas opções principais:

  • SAC (Sistema de Amortização Constante): as parcelas diminuem com o tempo, o que facilita o pagamento a longo prazo.
  • Tabela Price: as parcelas são fixas, ideais para quem prefere estabilidade financeira.

Essas modalidades garantem flexibilidade e permitem que cada cliente escolha o formato que mais se encaixa no seu orçamento.

Em 2024, a Caixa já respondia por 66,8% de todo o crédito habitacional no país, com R$ 223,6 bilhões em contratos. As novas regras devem ampliar ainda mais esse protagonismo, impulsionando o mercado e estimulando o crescimento de cidades médias e grandes.

Como usar o FGTS no financiamento

O saldo do FGTS pode ser usado em várias etapas do processo de compra do imóvel, tornando a operação mais acessível. Entre as principais formas estão:

  • Entrada do imóvel: o trabalhador pode usar o FGTS para complementar o valor da entrada, reduzindo o total a ser financiado.
  • Amortização: o saldo pode ser usado para diminuir o valor das parcelas ou o prazo do contrato.
  • Pagamento de prestações: o FGTS pode cobrir parte das mensalidades, aliviando o orçamento familiar.

Também é possível usar créditos futuros do FGTS para quitar parcelas seguintes, desde que o comprador esteja dentro das regras do programa e autorize o uso pelo aplicativo FGTS Digital. Essa flexibilidade é um dos principais atrativos do novo modelo, pois ajuda o consumidor a manter o equilíbrio financeiro ao longo de todo o contrato.

Condições e requisitos do financiamento

A Caixa estabeleceu critérios para garantir que o financiamento seja usado de forma correta e responsável. Eles envolvem tanto o comprador quanto o imóvel.

Para o comprador:

  • É necessário ter três anos de trabalho sob o regime do FGTS, consecutivos ou não.
  • Não pode possuir outro financiamento ativo no SFH.
  • Não deve ter imóvel residencial urbano em seu nome, nem parte de imóvel misto com finalidade habitacional.
  • O crédito deve ser destinado exclusivamente à moradia própria, não podendo ser usado para investimento ou locação.

Para o imóvel:

  • O valor máximo de avaliação deve ser de R$ 2,25 milhões para todas as regiões do país.
  • O imóvel precisa ser residencial urbano e destinado à moradia do titular.
  • Deve estar em boas condições de habitabilidade, sem vícios de construção.
  • Não pode ter sido adquirido com uso do FGTS nos últimos três anos.
  • No caso de construção sem compra de terreno, o terreno deve ser de propriedade do comprador.

Essas exigências garantem segurança jurídica, estabilidade ao sistema e preservam o objetivo social do crédito habitacional — que é viabilizar o acesso à moradia digna.

Um novo passo para o mercado imobiliário

As novas regras da Caixa representam um avanço importante no financiamento habitacional brasileiro. Ao ampliar o teto de valor dos imóveis, flexibilizar o uso do FGTS e permitir maior participação dos recursos da poupança, o banco fortalece sua posição como principal agente do crédito imobiliário no país.

Além de beneficiar diretamente milhares de famílias, as mudanças devem gerar impacto positivo em toda a economia, estimulando a construção civil, gerando empregos e movimentando setores como o comércio e os serviços.

O resultado esperado é um mercado mais competitivo, acessível e moderno — onde o sonho da casa própria se torne uma realidade cada vez mais próxima para o trabalhador brasileiro.

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