Confusão em Salvador: Mulher é agredida por PM após jogar lata em policiais durante festa infantil

Uma festa que deveria ser de alegria terminou em confusão e indignação no bairro de Pirajá, em Salvador, na tarde de domingo (12). Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que uma mulher é agredida por um policial militar após atirar uma lata na direção dos agentes. A cena aconteceu em meio a um evento comunitário, com a presença de moradores e diversas crianças.

Testemunhas relataram que o policial se exaltou, gritou com a mulher e partiu em sua direção, sendo contido por colegas e por pessoas da comunidade. A tensão aumentou quando uma criança entrou no meio dos envolvidos, aparentemente tentando evitar que a agressão continuasse.

O vídeo rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, com moradores gritando frases de protesto como: “O dever de vocês era defender a favela, as pessoas de bem”, e “Tem criança na rua, tem que respeitar!”. A cena gerou grande comoção e críticas à conduta policial.

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Moradores criticam ação da polícia

Os relatos apontam que o clima na festa mudou completamente após a chegada dos policiais. Muitos moradores afirmaram que o grupo de agentes teria entrado no local de forma agressiva, o que provocou reações da população. No entanto, a versão oficial da Polícia Militar da Bahia (PMBA) apresenta outro contexto.

De acordo com nota divulgada pela corporação, por volta das 15h40, equipes da 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Pirajá) faziam um patrulhamento na região quando foram surpreendidas por disparos de arma de fogo realizados por indivíduos armados que se misturaram à população durante a comemoração local.

A PM informou que, diante da presença de crianças e famílias, não houve revide, e as equipes adotaram medidas de segurança e solicitaram reforço. Durante a ação, os policiais teriam sido hostilizados e atingidos por objetos lançados por algumas pessoas.

Veja vídeo>

Guarnição será investigada pela Corregedoria

A corporação afirmou que as imagens divulgadas nas redes sociais estão sendo analisadas e que, por determinação do Comando da PMBA, a guarnição envolvida foi encaminhada à Corregedoria para prestar esclarecimentos. O órgão deverá conduzir os procedimentos administrativos cabíveis para apurar eventuais excessos cometidos durante a ação.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) repudiou as agressões registradas nas imagens e destacou que “não é esse o modelo de policiamento determinado pelo Comando da PM”. A SSP-BA também reforçou que o respeito aos direitos humanos e a preservação da vida são princípios fundamentais da corporação.

Contexto e repercussão

A confusão ocorreu em um cenário festivo, no qual moradores celebravam o Dia das Crianças. A presença de famílias e o envolvimento de uma criança na tentativa de impedir a agressão tornaram o episódio ainda mais sensível.

Moradores afirmam que o bairro já vive um clima de tensão entre comunidade e forças de segurança, e que episódios como esse ampliam a sensação de desconfiança e medo.

Enquanto isso, organizações civis e defensores dos direitos humanos cobram transparência na investigação e responsabilização dos envolvidos. O caso reacende o debate sobre o uso da força policial em áreas periféricas e o impacto dessas ações na relação entre a PM e a população.

Trecho da nota oficial da Polícia Militar da Bahia

“Durante a ação, os policiais militares foram hostilizados por algumas pessoas presentes, inclusive com o arremesso de objetos, o que reforçou o cenário de tensão enfrentado pelas equipes na condução da ocorrência. A Corporação informa que as imagens divulgadas nas redes sociais estão sendo analisadas e que, por determinação do Comando da PMBA, a guarnição envolvida foi encaminhada à Corregedoria para prestar esclarecimentos, por meio dos procedimentos administrativos cabíveis.”

A PMBA também ressaltou que, ao longo do fim de semana, promoveu diversas ações sociais em comemoração ao Dia das Crianças, tanto na capital quanto no interior do estado, reforçando o compromisso da instituição com o policiamento comunitário.

Reações e próximos passos

O caso deve seguir sob análise da Corregedoria da PM e do Ministério Público da Bahia. Especialistas em segurança pública afirmam que episódios desse tipo reforçam a importância de capacitação contínua e controle de conduta dos agentes em situações de estresse.

A repercussão do vídeo nas redes sociais e na imprensa pressiona as autoridades por uma resposta rápida e transparente. A expectativa é que, nos próximos dias, a PMBA divulgue os resultados preliminares da investigação.

O episódio ocorrido em Salvador reacende um debate importante sobre limites da atuação policial, respeito aos direitos humanos e relações entre polícia e comunidade. Enquanto a corporação promete apurar o caso e reforçar o caráter preventivo e técnico de suas ações, a população espera que situações como essa não voltem a se repetir — principalmente em ambientes onde crianças e famílias deveriam estar em segurança.

 

 

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