No Brasil, o Bolsa Família tem se consolidado não apenas como um programa de transferência de renda, mas também como um aliado para mães que enfrentavam dificuldades para conquistar espaço no mercado formal. Com o benefício, muitas mulheres passaram a ter condições de buscar um emprego fixo, investir na própria qualificação e garantir melhores perspectivas para os filhos.
Um estudo intitulado “Transferência de renda e participação feminina no mercado laboral: o caso do Programa Bolsa Família” revela um dado significativo: beneficiárias apresentaram aumento de 1,13 ponto percentual na inserção no mercado formal, um crescimento de 7,4% em relação à média anterior.
De acordo com a secretária nacional de Renda de Cidadania do MDS, Eliane Aquino, o programa vai além do auxílio financeiro. “Vemos o desejo de romper as vulnerabilidades e encontrar caminhos no desenvolvimento da carreira”, afirmou. O levantamento mostra ainda que o Bolsa Família reduziu em 4,2 pontos percentuais a probabilidade de mães se declararem indisponíveis para trabalhar.
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Educação como porta de entrada para o futuro
Outro ponto fundamental está nas condicionalidades do programa, que exigem frequência escolar mínima de 60% para crianças de quatro e cinco anos e de 75% para jovens entre seis e 18 anos. Esse compromisso não apenas fortalece a educação como também amplia as chances de as mães buscarem formação profissional ou aceitarem oportunidades de trabalho.
Histórias que inspiram
Exemplos como o de Elizângela da Silva, mãe de quatro filhos e moradora de Sobradinho (DF), mostram o impacto do programa. “Quando tive meus dois primeiros filhos, passamos muita fome. Eu era nova, não arrumava emprego e o Bolsa Família me ajudou muito”, relembra.
Com os filhos na escola, ela conseguiu fazer cursos e conquistar uma vaga no mercado formal. Hoje, além de não depender mais do benefício, deseja que outras mães também tenham a mesma oportunidade.
Efeitos sociais e econômicos
Estudos apontam que famílias beneficiárias têm probabilidade 11,5 pontos percentuais maior de gastar com educação — desde materiais escolares até atividades extracurriculares. Esse investimento gera impactos diretos no futuro das crianças e fortalece a confiança das mães em trilhar novos caminhos.
Dados do IBGE reforçam a relevância dessa transformação: enquanto cerca de um terço das mulheres afirma não estar disponível para o trabalho, entre os homens esse índice cai para 10%. Nesse contexto, o Bolsa Família funciona como um alicerce de autonomia, ajudando mães a conciliar os cuidados com os filhos e a busca por independência financeira.
Mais do que renda, uma chance de recomeço
Com o apoio do programa, cresce o número de mulheres que buscam cursos técnicos, ensino superior e até iniciativas de empreendedorismo. Esse movimento, além de promover inclusão social, também fortalece a economia local, criando um ciclo de desenvolvimento sustentável.
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