Imagine que você recebe hoje R$ 1 milhão. O que faria com esse dinheiro? Há quem pense em comprar um imóvel, investir em viagens ou quitar dívidas. Outros, mais conservadores, cogitariam colocar todo o valor na poupança, a aplicação mais tradicional do país. Mas afinal, quanto renderia esse montante se fosse aplicado na caderneta?
Como funciona a rentabilidade da poupança
Para entender os ganhos, é preciso conhecer a regra que define o rendimento da poupança. Desde 2012, a remuneração depende diretamente da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia:
- Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano: o rendimento da poupança é fixo em 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial).
- Se a Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano: a poupança rende 70% da Selic + TR.
Essa regra vale para qualquer banco, o que significa que os ganhos não mudam de instituição para instituição.
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Quanto rende R$ 1 milhão na poupança
Considerando a Selic atual em 15% ao ano, o rendimento líquido seria o seguinte:
- 6 meses: R$ 41.059,32
- 1 ano: R$ 83.804,50
- 2 anos: R$ 174.632,19
- 5 anos: R$ 435.390,95
- 10 anos: R$ 1.236.194,10
Ou seja, ao fim de dez anos, o investidor teria pouco mais do que o dobro do valor aplicado inicialmente.
Poupança x outros investimentos
Apesar de atrair muitos brasileiros pela isenção de Imposto de Renda e pela simplicidade — não há taxas de abertura, manutenção ou performance —, a poupança perde para outras aplicações de renda fixa em termos de rentabilidade.
Um exemplo é o Tesouro Selic, considerado o investimento mais seguro do país, que teria garantido R$ 13.602,79 a mais em apenas seis meses do que a poupança. Já em um ano, uma aplicação de R$ 1 milhão em uma LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) de 85% do CDI renderia R$ 42.845 a mais do que a mesma quantia aplicada na poupança.
Vale a pena investir na poupança?
Apesar da segurança e da liquidez imediata, especialistas apontam que a poupança deixou de ser a melhor opção para quem busca retorno financeiro significativo. Hoje, alternativas conservadoras como Tesouro Selic, CDBs e LCAs oferecem ganhos superiores sem abrir mão da segurança, especialmente em cenários de juros elevados.
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