Jatobá revela segredo escondido há 17 anos e caso Isabella Nardoni pode ter reviravolta

Uma nova denúncia envolvendo o caso Isabella Nardoni trouxe novamente à tona um dos episódios mais marcantes da crônica policial brasileira. Condenada pela morte da enteada, Anna Carolina Jatobá teria afirmado que Antônio Nardoni, pai de Alexandre e avô da menina, também participou do crime ocorrido em 2008.

Segundo a versão apresentada, Antônio teria ajudado a criar um álibi para o filho e para a nora, além de supostamente atuar na própria execução da vítima, que ainda estaria com sinais vitais antes de ser jogada do sexto andar. A acusação foi formalizada em um documento encaminhado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) por uma associação, que também pediu proteção para a servidora pública responsável pelo relato.

Um crime que chocou o país

Isabella, então com 5 anos, morreu após ser agredida e lançada do apartamento da família, localizado na zona norte de São Paulo. O pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram condenados por homicídio triplamente qualificado. Ele recebeu pena de 31 anos de prisão, enquanto ela foi sentenciada a 26 anos. Ambos cumpriram parte da condenação em regime fechado e atualmente estão em regime aberto.

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O relato da servidora

A versão agora reapresentada não é inédita. O jornalista Valmir Salaro já havia revelado que uma agente penitenciária de Taubaté foi a primeira a ouvir a suposta confissão de Jatobá, logo após sua prisão. Na ocasião, segundo Salaro, Jatobá afirmou que Antônio Nardoni teria orientado o casal, inclusive sugerindo que o corpo da menina fosse ocultado.

Apesar de a servidora ter prestado depoimento sigiloso a dois promotores, as investigações não avançaram. Para Salaro, a ausência de confissão direta dos condenados é um dos pontos que ainda cercam o caso de mistério.

O peso do silêncio

Até hoje, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá não admitiram o crime. Para o jornalista, essa recusa tem relação direta com os filhos do casal, que cresceram à sombra da tragédia. “Eles nunca vão confessar porque sabem que os filhos têm acesso à internet. Se admitirem publicamente, as crianças terão de conviver com a certeza de que os próprios pais mataram a irmã. Negar, nesse caso, pode ser uma forma de proteger a imagem diante deles”, afirmou Salaro.

Pedido de reabertura

A representação encaminhada ao MPSP reacende o debate sobre a necessidade de reabrir ou não o caso, 17 anos após o crime. A associação que formalizou o documento sustenta que há indícios suficientes para uma nova apuração e cobra proteção policial para a servidora que trouxe os relatos, por temer retaliações.

Se acolhida, a denúncia poderá abrir caminho para novas investigações em um processo que, apesar da condenação, ainda levanta dúvidas e divide opiniões.

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