Um vídeo gravado no ano passado por Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida como “Diaba Loira”, voltou a circular nas redes sociais nesta semana. A jovem, que era integrante do Terceiro Comando Puro (TCP) e foi assassinada a tiros no último dia 15, aparece relatando que o influenciador digital Hytalo Santos, preso sob acusação de tráfico humano e exploração sexual infantil, teria sido agredido durante um baile funk no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro.
Relato da traficante antes de ser morta
No vídeo, “Diaba Loira” descreve um episódio ocorrido em outubro do ano passado, quando Hytalo esteve em um baile na comunidade da Penha. Segundo ela, o influenciador foi agredido sem motivo específico, apenas por “birra e ciúmes” de membros do Comando Vermelho (CV).
— “Na real, ele apanhou. Foi sem motivo algum. Só por birra e ciúme dos caras. A verdade foi essa”, afirma Eweline na gravação.
Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp: 👉 Quero Participar 🔔
Ela ainda acusa integrantes do CV de obrigarem Hytalo a desmentir publicamente a agressão.
Versões contraditórias
Na época, Hytalo chegou a compartilhar em suas redes sociais que havia sido vítima de violência no baile. Segundo ele, a confusão teria começado após provocações contra jovens que o acompanhavam. Em seguida, teria sido atingido por uma “voadora” nas costas.
Pouco tempo depois, no entanto, o influenciador publicou outro vídeo em que negava a versão inicial. Alegou que tinha sido bem recebido na Penha e que não havia sido agredido por traficantes.
A contradição levantou dúvidas sobre a real dinâmica do episódio. O vídeo de “Diaba Loira”, agora resgatado, reforça a hipótese de que Hytalo teria sido pressionado a mudar seu discurso.
Contexto atual
A reaproximação desse registro acontece em meio ao momento delicado vivido pelo influenciador, atualmente preso e investigado por crimes graves. Ao mesmo tempo, a execução de “Diaba Loira”, uma figura conhecida dentro do TCP, também chama atenção para a instabilidade entre facções rivais e os bastidores da criminalidade no Rio de Janeiro.
O caso reacende o debate sobre a influência de facções nos bailes funk, espaços de lazer que muitas vezes se transformam em palco de disputas violentas e pressões internas.
Compartilhe