Delegada esposa de empresário que matou gari será investigada

A delegada Ana Paula Balbino Nogueira está na mira da Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais. O motivo: a arma usada em um crime brutal em Belo Horizonte pertencia a ela. Ana Paula é esposa do empresário René da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso sob acusação de assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, durante uma briga de trânsito.

René foi capturado poucas horas após o crime e admitiu que a pistola que portava era da esposa. Agora, além do inquérito policial, a conduta de Ana Paula será analisada em um procedimento disciplinar interno, que vai apurar se houve omissão de cautela — termo usado quando o dono de uma arma não adota os cuidados necessários para impedir que ela caia em mãos erradas.

Em nota oficial, a Corregedoria garantiu que a investigação será conduzida “com rigor e transparência”, analisando todos os detalhes do caso e o possível envolvimento da delegada. A corporação expressou solidariedade à família da vítima e reforçou seu compromisso com a legalidade e a “elucidação completa” do episódio.

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Como o crime aconteceu

Na manhã de segunda-feira (21), Laudemir estava trabalhando na coleta de lixo quando René, ao volante de um carro elétrico da BYD, pediu que o caminhão fosse retirado para que ele passasse. A motorista, colega de Laudemir, disse que havia espaço suficiente para o carro, o que irritou o empresário.

Testemunhas afirmam que René fez ameaças e, em meio à tensão, Laudemir tentou acalmar a situação. Foi nesse momento que ele acabou baleado. O boletim de ocorrência revela que René chegou a manusear a arma na frente da equipe, deixando o carregador cair e recolocando-o antes de efetuar o disparo.

Após o crime, o empresário fugiu, mas foi localizado e preso em uma academia de luxo. Laudemir, por sua vez, foi socorrido pelo Samu e levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

René nega a autoria do disparo, mas foi autuado em flagrante por homicídio qualificado. Enquanto isso, o caso segue com duas frentes de investigação: uma criminal contra o empresário e outra administrativa contra a delegada.

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