Boxeador morre após lesão cerebral grave sofrida no ringue

O mundo do boxe está de luto. O japonês Shigetoshi Kotari, de apenas 28 anos, morreu na noite de sexta-feira (8) em decorrência de um hematoma subdural agudo — uma lesão cerebral severa causada por traumatismo craniano. A fatalidade aconteceu dias depois de sua luta pelo cinturão peso-super-pena da Federação de Boxe Oriental e do Pacífico (OPBF) contra Yamato Hata, em 2 de agosto, em Tóquio.

O que aconteceu durante e após a luta

O combate, que terminou empatado, parecia ter transcorrido de forma relativamente normal. Kotari deixou o ringue consciente e aplaudido pelo público. No entanto, minutos depois, começou a sentir-se mal e desmaiou.
Ele foi levado às pressas para um hospital, onde os médicos identificaram o hematoma subdural agudo. O boxeador passou por uma cirurgia de emergência (craniotomia) para reduzir a pressão no cérebro, mas permaneceu em coma até seu falecimento.

O que é um hematoma subdural agudo

Essa condição acontece quando há acúmulo de sangue entre o crânio e o cérebro, comprimindo o tecido cerebral e aumentando a pressão intracraniana.
Nos esportes de contato, como o boxe, esse tipo de trauma é uma das causas mais comuns de morte no ringue. Mesmo com tratamento rápido, as chances de sobrevivência são baixas — estudos apontam taxas de mortalidade entre 50% e 90%.

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Como o esporte reagiu

A Organização Mundial de Boxe (WBO) e o Conselho Mundial de Boxe (WBC) lamentaram a perda e enviaram condolências à família, descrevendo Kotari como um “verdadeiro guerreiro no ringue”.
Já a OPBF anunciou uma medida imediata para aumentar a segurança: redução dos combates profissionais de 12 para 10 rounds. A intenção é diminuir o desgaste físico e reduzir o risco de lesões fatais.

Um alerta que se repete

O caso reacende a discussão sobre os riscos neurológicos no boxe. Mesmo com equipes médicas de prontidão, os golpes repetitivos na cabeça podem provocar danos irreversíveis.
Neste ano, o boxe já havia registrado outra perda trágica: o brasileiro Lucas Felipe Alves Lazarini, também de 28 anos, morreu após complicações de uma hemorragia cerebral sofrida durante o Campeonato Paranaense de Boxe Amador, em abril.

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