Cinco dias após a despedida de Preta Gil, que faleceu em decorrência de um câncer e foi velada na última quinta-feira (25), as redes sociais voltaram a ecoar um capítulo doloroso de sua trajetória pessoal. Internautas resgataram declarações feitas por Rodrigo Godoy, ex-marido da artista, que em agosto de 2023 criticou publicamente o livro de memórias escrito por Preta, no qual ela narra o período em que enfrentou o câncer e, simultaneamente, a traição e o abandono do então companheiro.
Na ocasião, Godoy usou as redes sociais para rebater comentários de seguidores que o questionaram sobre o relato da ex-esposa. “Ela sempre deixou claro que faria de tudo para destruir minha vida, e está cumprindo isso em todas as oportunidades”, afirmou o personal trainer. Ainda na mesma postagem, ele insinuou saber informações comprometedoras de terceiros, mas afirmou que não pretendia expô-las: “Se eu abrisse a boca, a casa de muita gente cairia. Só que eu não sou esse tipo de pessoa”.
O relacionamento entre Preta Gil e Rodrigo durou quase nove anos. A separação veio à tona no início de 2023, em meio ao tratamento da cantora contra um câncer no intestino. Pouco tempo depois, ela revelou ter descoberto a infidelidade do marido com Ingrid Lima, stylist que prestava serviços em sua residência. A artista fez questão de expor os acontecimentos em sua autobiografia e em entrevistas públicas, destacando que seu relato representa a realidade de muitas mulheres brasileiras abandonadas durante momentos críticos de saúde.
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Em um trecho marcante de sua participação no programa De Frente com Blogueirinha, Preta declarou: “Ele me abandonou. Fico imaginando quantas mulheres também foram deixadas nesse estado. A coisa mais grave de todas é você estar com uma doença grave e ainda ter que lidar com esse tipo de violência emocional”.
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Apesar da repercussão do caso, Rodrigo Godoy não compareceu ao velório da ex-mulher e, até o momento, permanece em silêncio sobre sua morte. No passado, ele chegou a revelar que recebeu propostas para contar sua versão dos fatos, inclusive através de um livro, mas recusou. “Talvez seja um mal necessário, porque a história toda é muito mais profunda do que esse resumo de ‘macho escroto fez isso e aquilo’”, escreveu.
A discussão nas redes revela como, mesmo após a morte de Preta Gil, o debate sobre relacionamentos abusivos, abandono afetivo e exposição pública continua pulsando. Para muitos, a coragem da cantora em relatar sua dor virou um símbolo de resistência feminina diante do sofrimento silencioso que tantas enfrentam.
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