O ator Rodrigo Penna, conhecido por suas participações em novelas como Top Model (1989) e Vamp (1991), emocionou o público ao compartilhar uma lembrança pessoal em homenagem a Preta Gil, que faleceu no último domingo (20), aos 50 anos, vítima de um câncer. Em uma publicação repleta de afeto e memórias íntimas, Penna revelou que a cantora foi seu primeiro amor.
Segundo o ator, o relacionamento aconteceu ainda na juventude e durou menos de um ano, mas deixou marcas profundas. “As mais lindas lembranças que tenho são só nossas. Éramos tão jovens, tão lindos e cheios de desejo, cheios de questões. Pouco depois fui estudar em Londres, e você se casou com Otávio, amigo querido. Eu queria mais tempo, algum tempo, pra te abraçar e te contar o quanto você foi importante na minha vida. A primeira namorada!”, escreveu.
No relato, Rodrigo compartilhou momentos que viveu ao lado de Preta, como passeios à beira-mar, encontros musicais com a família Gil e a intimidade construída com carinho e leveza. “Os beijos de mãos dadas na praia, as muitas violadas, crises de ciúme, o tanto de doçura com o qual eu era, e ainda sou, recebido pela sua família amada. Os papos com seu pai, Gilberto Gil, e o carteado com as meninas da casa enquanto esperava você chegar”, recordou.
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Para ele, a energia de Preta Gil era arrebatadora. “Nunca vou esquecer o fascínio que eu tinha de te ver dançar. Sempre a mais suingada na pista, a mais sexy, deslumbrante, uma verdadeira ventania. Tão jovem e já tão à frente do seu tempo.”
Penna destacou ainda a coragem da artista como uma das suas maiores virtudes. “Entre todos os seus talentos, talvez a coragem tenha sido o maior deles. Da sua luz e sombras, dores e vitórias, você fez da sua voz a voz de muita gente. Você virou a mais pura inspiração.”
Em um tom poético, o ator encerrou sua homenagem com palavras de conforto e reverência: “Preta não é nome de estrela, mas de uma constelação inteira. E de onde você estiver, cuida dos seus que ficaram, eles vão precisar. Todo meu carinho pra Francisco, Sol, Sandra, Nara, Maria, Marília, José, Bem, Bela, Fafá, Flora e Gil. Fernando Pessoa já dizia: ‘A morte é a curva da estrada. Morrer é só não ser visto’.”
O depoimento de Rodrigo Penna soma-se a inúmeras homenagens prestadas à artista desde sua morte, reconhecendo não apenas sua trajetória na música e na televisão, mas o legado de autenticidade, afeto e representatividade que deixou para a cultura brasileira.
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