Antes de Preta Gil, Gilberto Gil já havia perdido o filho Pedro em grave acidente de carro

A morte de Preta Gil neste domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de complicações causadas por um câncer colorretal, reacende uma ferida profunda na vida de Gilberto Gil. O cantor, compositor e ex-ministro da Cultura agora convive com a dor de perder pela segunda vez um filho. A primeira tragédia ocorreu em 1990, quando seu primogênito, Pedro Gil, morreu aos 19 anos, vítima de um grave acidente de carro no Rio de Janeiro.

Pedro era baterista da banda Egotrip e acompanharia o pai em uma apresentação no festival Hollywood Rock. Na manhã do dia 25 de janeiro, enquanto dirigia pela avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa, zona sul carioca, perdeu o controle do veículo, que colidiu com uma árvore e capotou diversas vezes. Mesmo socorrido com vida, o jovem sofreu traumatismo craniano e permaneceu em coma por oito dias, falecendo em 2 de fevereiro de 1990.

Pedro nasceu em Londres, durante o exílio político do pai, e cresceu em meio à música. Desde cedo demonstrava talento. Com apenas 15 anos, subiu ao palco ao lado de Gilberto Gil no Rock in Rio de 1985. Era visto como uma promessa na cena musical brasileira, com futuro promissor.

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Mais de três décadas depois, Gilberto Gil enfrenta novamente o luto por um filho. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, exibida em dezembro de 2024, ele falou sobre a perda de Pedro: “Acho que sim [não superei], porque eu tinha dificuldades de me conformar com a inversão dos fatores. O filho ir antes do pai… Isso é duro”, disse emocionado.

A morte de Preta Gil representa não só um baque para a cultura brasileira, como também um novo golpe em uma história pessoal já marcada por perdas irreparáveis. Artista combativa, Preta enfrentou o câncer com transparência e coragem, dividindo com o público suas dores, esperanças e aprendizados. Ao partir, deixa um vazio imenso não apenas na família, mas também na música e no debate público sobre saúde, corpo e identidade.

Para Gilberto Gil, a perda da filha vem como mais um capítulo de dor em uma trajetória que, apesar de grandiosa e celebrada, também carrega marcas profundas e silenciosas.

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