Morre Preta Gil, aos 50 anos, nos Estados Unidos; cantora enfrentava câncer com coragem e autenticidade
A cantora Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, em Nova York, nos Estados Unidos. Ela estava no país desde maio, buscando novas opções terapêuticas para tratar o câncer colorretal, diagnosticado em janeiro de 2023. Nos últimos dias, após saber que a doença havia se espalhado de forma ainda mais agressiva pelo corpo, decidiu retornar ao Brasil. Pretendia embarcar ainda neste domingo, mas teve uma piora repentina em casa e não resistiu.
O diagnóstico inicial chegou no início de 2023 e, após meses de quimioterapia, cirurgias e terapias experimentais, a artista chegou a anunciar cura parcial em agosto do ano passado. No entanto, poucos meses depois, exames revelaram o retorno da doença em estágio avançado. Mesmo diante da gravidade, Preta não deixou de compartilhar com seus fãs cada etapa do tratamento, com reflexões sinceras sobre saúde, espiritualidade, aceitação e esperança.
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Nascida em uma das famílias mais influentes da música brasileira, Preta Maria Gadelha Gil Moreira era filha do cantor e ex-ministro Gilberto Gil. Ao longo de mais de duas décadas de carreira, construiu uma trajetória marcada pela autenticidade, pela quebra de padrões estéticos e por discursos firmes em defesa da diversidade, do corpo livre e da autoestima. Também foi uma voz relevante nas pautas feministas e de inclusão social, tornando-se símbolo de representatividade para muitas pessoas.
A morte de Preta Gil representa uma perda significativa para a cultura brasileira. Mais do que uma cantora, ela foi uma artista completa, que transformou sua vivência pessoal em bandeira pública. Com irreverência, coragem e empatia, enfrentou o preconceito, desafiou normas e deixou um legado que vai além da música — um legado de resistência, amor-próprio e humanidade.
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