Menina de 12 anos descobre gravidez em UPA

Uma criança de 12 anos descobriu que estava grávida ao procurar atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Serrana, no Centro-Oeste de Minas Gerais, na última quinta-feira (10). O caso mobilizou as autoridades locais e levou à abertura de um inquérito policial por suspeita de estupro de vulnerável.

Segundo informações repassadas pela Secretaria de Saúde do município, a menina chegou à UPA acompanhada da mãe, que relatou que a filha vinha se queixando de fortes dores abdominais. Após a realização de um exame de sangue Beta HCG, foi constatada a gravidez.

Diante da confirmação, a equipe médica acionou uma psicóloga da unidade, que, seguindo os protocolos de proteção à criança e ao adolescente, notificou imediatamente a Polícia Militar e o Conselho Tutelar. A menor foi transferida para o Hospital São José, onde passou por uma nova avaliação, que confirmou o diagnóstico.

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Depoimentos e contradições

Durante o atendimento psicológico, a menina inicialmente negou ter tido qualquer tipo de relação sexual. No entanto, em um segundo momento, ela relatou um possível envolvimento com um rapaz, cuja idade e identidade ainda não foram esclarecidas. Segundo a jovem, ele não estaria mais em Nova Serrana.

A mãe declarou à Polícia Civil que desconhecia qualquer relacionamento da filha e se disse surpresa com a situação. Ela afirmou que nunca havia percebido sinais ou comportamentos que levantassem suspeitas. A criança, por sua vez, admitiu ter faltado a aula em pelo menos uma ocasião para encontrar o rapaz, mas não deu detalhes sobre os encontros nem sobre o paradeiro do possível autor.

Inquérito instaurado

O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar, que já tomou as primeiras medidas de proteção à vítima. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos e tentar identificar o responsável. A investigação está sendo conduzida com o apoio de psicólogos e assistentes sociais, respeitando os protocolos para casos envolvendo vítimas com menos de 14 anos.

O que diz a legislação

De acordo com o artigo 217-A do Código Penal Brasileiro, qualquer relação sexual ou ato libidinoso com menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, independentemente do consentimento da vítima. A pena prevista para esse tipo de crime é de 8 a 15 anos de reclusão.

O promotor de Justiça da Vara da Infância, Casé Fortes, reforça que a proteção integral da criança e do adolescente está prevista na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “A legislação brasileira é clara ao estabelecer que não há consentimento válido em relações envolvendo menores dessa faixa etária. O objetivo é garantir a segurança física e emocional de crianças e adolescentes em formação”, afirmou.

Apoio e assistência

A menina será acompanhada por uma rede de proteção formada por profissionais de saúde, assistência social, psicólogos e o sistema de Justiça. O caso segue sob investigação, e mais detalhes serão divulgados conforme o avanço do inquérito.

A matéria continua em apuração.

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