A Polícia Civil de Goiás indiciou o cantor Lucas Lucco e seu pai em um inquérito que investiga uma possível fraude envolvendo a negociação de veículos de luxo. O caso, que tramita na 3ª Delegacia de Polícia Civil de Goiânia, também envolve um homem que se apresentava como advogado, mas que, segundo a polícia, não possuía registro para exercer a profissão.
A investigação teve início há cerca de quatro meses, após a denúncia de um empresário do setor automobilístico que alegou ter sido enganado durante uma permuta de veículos. Segundo o delegado responsável pelo caso, Manoel Borges, o empresário trocou sua Porsche GT4 por duas Panameras supostamente pertencentes ao cantor. No entanto, ele teria descoberto posteriormente que os dois carros estavam com parcelas em atraso e com pendências junto à instituição financeira.
A Porsche GT4, inicialmente, pertencia ao falso advogado. Esse veículo estava sob ordem de busca e apreensão e prestes a ir a leilão. O suspeito, que tinha amizade com a vítima, teria convencido o empresário a quitar a dívida para evitar a perda do bem. Após esse acordo, o empresário se tornou o novo proprietário da GT4.
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Na sequência, o suposto advogado teria oferecido as duas Panameras como parte de um novo negócio — carros que, de acordo com a polícia, estavam no nome de Lucas Lucco. O delegado afirma que os envolvidos teriam omitido a situação financeira dos veículos na hora da negociação.
Lucas Lucco negou ter escondido qualquer informação. Em seu depoimento à polícia, afirmou que não haveria motivo para ocultar a inadimplência e garantiu que agiu de boa-fé.
Além de estelionato, os suspeitos foram indiciados por associação criminosa, falsidade documental e ideológica. O falso advogado também poderá responder por fraude processual por envolvimento em ações contra o próprio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, onde já trabalhou.
A versão da defesa
A assessoria jurídica de Lucas Lucco apresentou uma nota oficial afirmando que o cantor e seu pai não participaram de qualquer ato ilícito. De acordo com a defesa, ambos também foram enganados pelo homem que se passou por advogado e que teria falsificado documentos, incluindo a assinatura digital do artista.
A defesa também informa que os dois sofreram prejuízos financeiros significativos e que, no momento, não têm a posse nem a propriedade de nenhum dos veículos envolvidos. O caso ainda está sendo analisado pela Justiça Cível da Comarca de Uberlândia (MG), onde os advogados acreditam que, ao fim do processo, será comprovada a inocência de Lucas Lucco e de seu pai.
O cantor reafirmou estar à disposição das autoridades e ressaltou que tem colaborado desde o início da investigação, entregando todas as provas que demonstram sua boa-fé.
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