Piloto de balão que caiu em Boituva é preso por homicídio culposo após tragédia

O piloto do balão que caiu na manhã de domingo (15), em Boituva, interior de São Paulo, foi preso em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A confirmação veio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado. O caso está sendo investigado com atenção especial, principalmente após a morte de uma das passageiras, que estava em estado grave e não resistiu aos ferimentos. Exames periciais ainda estão em andamento para verificar se ela estava grávida, o que pode complicar ainda mais a situação jurídica do piloto.

Balão fazia passeio turístico e estava irregular

O balão transportava 35 pessoas ao todo, incluindo o piloto e um auxiliar. Segundo informações preliminares, o voo tinha fins turísticos e não fazia parte do 38º Campeonato Brasileiro de Balonismo, que também acontecia na cidade. A Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) esclareceu que o equipamento usado na decolagem não estava inscrito no evento oficial.

Mais grave ainda: o balão operava de forma irregular, pois o Certificado de Aeronavegabilidade estava vencido — ou seja, o equipamento não estava autorizado pelas normas da aviação civil para voar. Isso configura infração das regras de segurança aérea, o que pode ter contribuído diretamente para o acidente.

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Investigação e perícia em andamento

O caso foi registrado na Delegacia de Tatuí, responsável pela região. O Instituto de Criminalística (IC) e o CENIPA — órgão federal que investiga acidentes aeronáuticos — também foram acionados. As duas entidades trabalham para entender o que provocou a queda e se houve falhas mecânicas, humanas ou operacionais.

A tragédia levanta questionamentos sobre a fiscalização de voos turísticos e a responsabilidade dos operadores desse tipo de atividade, que deve cumprir rígidos padrões de segurança para evitar riscos aos passageiros.

Se novas provas apontarem agravantes, o piloto poderá responder por mais de um crime, incluindo falsidade ideológica, exposição ao risco coletivo e, dependendo da comprovação da gestação da vítima, até por duplo homicídio culposo.

O caso segue em investigação e pode abrir precedentes para endurecimento nas regras de controle e certificação de voos turísticos no Brasil.

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